Por JC - redacao@diarinho.com.br
O zum-zum-zum da política e o ti-ti-ti dos políticos
Publicado 24/05/2022 18:38
Doria derrotou Eduardo Leite nas prévias do seu partido, em novembro do ano passado, mas não conseguiu vencer a cúpula tucana que trabalhou para inviabilizar sua candidatura à custa de uma aliança com MDB e Cidadania.
Pesquisa?
O argumento da liderança tucana contra Doria foi pesquisa que mostrava melhores condições para que a candidata da aliança fosse Simone Tebet, do MDB. Pesquisa que ninguém viu, diga-se de passagem. E poderia ser o quê? Se não me engano, nas últimas pesquisas publicadas, Doria tinha perto de 5% de intensão de voto; Tebet, 1% ou perto disso. O que mudou?
A pergunta de um milhão de dólares
De 63 milhões de dólares, aliás. Porque este é, aproximadamente, o valor em dólares dos R$ 314 milhões que o fundo partidário deve destinar ao PSDB para estas eleições. A pergunta é: por que candidatos, que sabem não ter a mínima chance de ir para segundo turno ou ganhar, arriscam tanto em se fazer candidatos?
Ideologia? Claro que não
Pelo menos, na minha opinião. Se quer descobrir a razão de alguma coisa no mundo, siga o dinheiro. Doria queria ser presidente pra consertar o Brasil ou porque queria a grana do fundo partidário para sua campanha? Ou, deixe eu formular diferente: a custo do que o PSDB poria uma puta grana numa campanha fadada ao fracasso?
Pau que bate em Chico bate em Francisco
O partido com maior cota do fundo partidário é o recém-formado União Brasil: R$ 770 milhões. Que terá candidatura própria, segundo foi anunciado, a do seu presidente Luciano Bivar, que tem, segundo pesquisas publicadas, perto de 0% de intenção de voto.
Uma última conta
Todo mundo sabe que esta eleição será entre Lula e Bolsonaro. Toda pesquisa, até aqui, mostra uma eleição polarizada e um país dividido. No entanto, o PT e o PL, de Lula e Bolsonaro, levam, juntos, pelas contas desse temente do altíssimo, cerca de R$ 1,254 bilhão de financiamento do fundo partidário.
Só pra pensar
Os restantes de um fundo de R$ 4,9 bilhões vão todos para partidos que não têm chance de vencer a eleição. Tá certo isso? Só pra pensar. É de se perguntar se, quando essas lideranças políticas sentam numa mesa para debater coligações, ou melhor, alianças, elas falam de ideologia ou de grana? Tire as suas próprias conclusões.
Foto (Divulgação)
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