Publicado 24/04/2020 17:20
Havia expectativa nos bastidores da leleia, nesta semana, em torno da aprovação ou não do requerimento do deputado e líder da bancada do PL e da oposição, Ivan Naatz, convocando o secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba para comparecer ao parlamento afim de explicar as versões controversas de participação de sua pasta na licitação e contratação da Associação Hospital Psiquiátrico Espírita Mahatma Gandhi, de São Paulo, para implantação do então polêmico hospital de campanha na city peixeira dentro do plano de combate ao coronavírus, ao custo da ordem de R$ 76, 5 milhões. Como tanto a licitação como o contrato foram canceladas pelo governo, na semana passada, a convocação acabou perdendo seu objeto principal e o deputado encaminhou um pedido de retirada na última hora. CPI do hospital? Mesmo assim, o debate entre os prós e contras estava acirrado. O deputado Mauricio Eskudlark, colega de partido de Naatz, e que já chegou a ser líder do governo Carlos Moisés (PSL), em passado recente, continuava a favor da convocação e tem até uma proposta de formação de uma CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar possíveis irregularidades e direcionamento da dita licitação. Ivan Naatz já declarou que apoia a instalação da CPI. O fato é que não ficou bem explicado a amizade de Douglas Borba com o escritório de advocacia que representa o hospital de São Paulo, aqui na cidade de Biguaçu, a mesma de Borba. Mais rolos... E para complicar, Ivan Naatz disse que já está sendo elaborado um dossiê com documentos que comprovariam que uma empresa de parentes do secretário Borba teria sido contratada para fazer as transmissões das lives das coletivas do governador com relação ao balanço diário da situação do coronavírus. Fontes da Palácio da Agronômica teriam comentado que o governador anda “P da vida" com essas questões e que se confirmada essa denúncia da empresa, teria sido pior ainda do que as suspeitas da licitação do hospital. Seria munição para instalar a chamada "Corona CPI " ou "CPI do Coronavírus ". Mole? Somar esforços De qualquer maneira, Ivan Naatz, que também chegou a ajuizar Ação Popular contra o procedimento na Vara da Fazenda Pública da capital Manezinha, contra o resultado da licitação do hospital de campanha de Itajaí, observou que a prioridade agora é somar esforços junto com o governo e municípios no combate ao coronavírus. "Não se pode confundir as coisas, nossa oposição não é político-partidária, é construtiva, no sentido de apontar e corrigir erros em nome do bom uso do dinheiro público, o que é missão do parlamento", afirma. Prefeitos reclamam Mas acrescenta que o governo Moisés deixa margem para reclamações, porque tem agido de forma isolada, sem se comunicar com outros poderes e, principalmente com os prefeitos, tanto que a Fecam - Federação Catarinense dos Municípios divulgou nota neste sentido, exigindo mais transparência nas ações. "A hora é de somar esforços, mas o governo tem que ser mais receptivo", conclui Naatz, confirmando que nesta semana protocolou oficialmente indicação na Alesc sugerindo a reativação emergencial do hospital Santa Inês, desativado na Dubai Maravilha para funcionar como um centro de internação regional para os atingidos pelo coronavírus na região da AMFRI, eis que tem capacidade para 164 leitos de apoio, incluindo 40 para UTIs. Foto (Raffael do Padro) Deputado visitou e insiste na uso das instalações do antigo hospital Santa Inês pelo governo estadual.
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Publicado 25/09/2025 18:31