Por JC - redacao@diarinho.com.br
O zum-zum-zum da política e o ti-ti-ti dos políticos
Publicado 29/05/2019 15:00
A sessão da casa do povo da Dubai brasileira na noite da última terça-feira, deixou as excelências excelentíssimas ainda mais em descrédito. Apenas seis vereadores votaram pelo recebimento da denuncia que apuraria o possível envolvimento do vereador Moacir Schmidt (PSDB), como um dos mandantes do assassinato do engenheiro Sérgio Renato. Agora o processo corre na comarca de Itajaí, porque o crime ocorreu na Praia Brava, em fevereiro de 2017. No legislativo foi sepultado, digo, rejeitado todas as possibilidades de um julgamento político do caso. Moral O que mais chamou a atenção durante a votação, foi que o governo todo votou por não aceitar a denúncia e até o próprio vereador Moacir votou pela aceitação, deixando a sua consciência tranquila, já a dos seus colegas que votaram a favor do arquivamento.... o vereador Lucas Gotardo (PSB), foi o único da base governista a votar pela aceitação da denúncia. Já o moralista, digo, o advogado Leonardo Piruka (PP), também votou pelo arquivamento, seguida pela advogada Juliethe Nitz (PR), a única a justificar o seu voto, nitidamente desconfortável com a medida. Cegos Cabe a este articulista esclarecer, que a aceitação da denúncia, acabaria por criar no legislativo, uma comissão especial que trataria de investigar os fatos que pesam contra o vereador Moacir na dona Justa, mas a câmara preferiu fazer vistas grossas e levou mais de três meses para apurar uma simples denúncia, com base em recortes de jornais do que saiu na mídia sobre o caso. “Trabalho” Os vereadores não tiveram o trabalho se quer, de acrescentar algum elemento novo, que pudesse deixar o parecer da comissão com maior consistência. E falta de incentivo não foi, porque o próprio Ministério Público chegou a ceder material suficiente aos veredores da Comissão de Ética, em conversa pessoal com a promotora responsável pelo caso, Cristina da Motta, para que a investigação pudesse ter um Norte, mas acabou indo pro Sul, digo, pro arquivo morto. Descrédito Não se queixem os senhores vereadores, quando a população não mais participar das sessões e nem dos atos legislativos, pois a egrégia casa de leis gosta mesmo é de fazer leis sem pé e nem cabeça e de prestar homenagens através de moções aos montes, aliás, é o que tem tido de mais interessante naquela casa de leis. A eleição está chegando meu povo, não reclamem dos vereadores, escolham melhor os seus representantes. Morosidade e coorporativismo Também ha que ser dito neste espaço, que a morosidade da justiça foi responsável pelo comportamento dos vereadores em rejeitar a denúncia. Volto a afirmar, mesmo com a denúncia sendo aceita pelo parlamento, o vereador Moacir teria todas as chances de defesa que são previstas no regimento interno da casa e também pela constituição federal, mas a maioria dos seus pares (corporativistas), acha normal a convivência no mesmo espaço público, com um vereador que está sendo acusado e com processo em trâmite judicial, tendo nesse caso a morte de uma pessoa. Na inciativa privada, certamente Moacir seria afastado até que ficasse comprovada a sua inocência. Ânsia de vomito O vereador Marcelo Achutti, o Quero-Quero (PP), não votou porque os membros da Comissão de Ética que elaboram o relatório, tem que ser substituídos por suplentes durante a votação, mas em grupos de zapzap e, pra quem quisesse ouvir, Achutti colocou o seu descontentamento com a situação: “me deu ânsia de vômito a sessão de hoje, quem acompanhou sabe do que estou falando”, pontuou o parlamentar. Eitcha! Foto (Divulgação)
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