Por Flávio Perez - redacao@diarinho.com.br
A bordo do esporte
Publicado 02/10/2024 14:54
O domingo (29) foi de festa em Vitória e Vila Velha, onde 15 mil corredores, entre profissionais e amadores, participaram da 33ª edição da Dez Milhas Garoto, um dos eventos mais tradicionais do Espírito Santo. A manhã nublada, com temperatura em torno de 23 graus, não diminuiu o ânimo dos atletas, que percorreram os 16 km entre a Praia de Camburi, em Vitória, e a fábrica da Chocolates Garoto, em Vila Velha, cenário conhecido por sua beleza natural.
Entre os competidores da elite, os quenianos brilharam mais uma vez. No Masculino, Nicolas Kiptoo Kosgei venceu com 46min32, registrando o segundo melhor tempo da história da prova. O recorde pertence ao brasileiro Luís Antônio dos Santos, que em 1991 completou o percurso em 45min49. Já no Feminino, a vitória foi de Viola Jelagat Kosgei, que cruzou a linha de chegada com 56min08, reafirmando a dominância estrangeira entre as mulheres.
Os brasileiros também comemoraram. No Masculino, Wendell Jerônimo Souza ficou em segundo lugar, seguido por Fabio Jesus Correia, que terminou em quarto, e Altobeli Santos da Silva, campeão de 2023, que fechou o pódio com a quinta colocação. No Feminino, Kleidiane Barbosa Jardim foi a melhor brasileira, conquistando o terceiro lugar.
A prova deste ano teve um crescimento expressivo no número de participantes, com 15,5% a mais de corredores em relação a 2023, mostrando o aumento do interesse pelo evento. A premiação total foi de R$ 220 mil, incluindo um bônus de R$ 10 mil para o melhor brasileiro e a melhor brasileira, o que atraiu ainda mais atletas de destaque.
Nicolas Kiptoo Kosgei comemorou sua vitória com bom humor, mencionando a dificuldade do percurso. "Gostei da prova, foi muito dura, não esperava tanta subida. Estou em um ano bom, venho de duas vitórias", afirmou o queniano de 30 anos, que também foi campeão da Maratona de São Paulo e da Meia Maratona do Rio em 2024. Embora tenha o mesmo sobrenome, ele não tem parentesco com Viola, a campeã feminina.
Viola Jelagat Kosgei também celebrou muito a conquista e destacou seu carinho pelo Brasil. "Estou feliz, gostei muito da prova, só tenho a agradecer a todos. Adoro correr no Brasil e o público brasileiro, tanto que estou aprendendo português", revelou a queniana de 25 anos, que venceu sua compatriota Naum Jepchirchir por apenas um segundo de diferença.
Entre os brasileiros, Wendell, de Rio Verde do Mato Grosso, no Mato Grosso do Sul, destacou a dificuldade da prova, especialmente nas subidas. "Foi uma prova fortíssima. Tentei puxar um pouco sozinho na descida, mas Nicolas estava mais rápido no final", comentou o vice-campeão, que correu pela segunda vez na Dez Milhas e vinha de uma vitória na Corrida do Pantanal na semana anterior.
Altobeli, campeão da edição de 2023, também comentou sobre as condições climáticas mais amenas e como isso favoreceu os quenianos, acostumados a treinar em altitudes mais altas e com temperaturas mais baixas. "Eu sempre entro na prova pensando em vencer, mas estou contente com minha colocação", afirmou o atleta, que agora se prepara para a Maratona de Curitiba, em novembro.
Kleidiane Barbosa Jardim, por sua vez, celebrou seu pódio após ter abandonado a prova no ano anterior. "Sabia da força das quenianas, ser brasileira e disputar de igual para igual é um privilégio", comentou a mineira, que agora se prepara para a São Silvestre, onde pretende melhorar sua colocação de 2023.
A Dez Milhas Garoto, criada em 1989 para comemorar o aniversário de 60 anos da Chocolates Garoto, tornou-se uma das corridas mais amadas do Brasil. Além de desafiar os corredores, o percurso permite que os participantes apreciem alguns dos principais pontos turísticos do Espírito Santo, como a Terceira Ponte, que liga Vitória a Vila Velha, proporcionando uma experiência única tanto para os competidores quanto para o público.
Foto: FOTOP
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