BC sem água
Bairros de BC continuam sem água; rompimento de adutora foi causado pela SC Gás
Falta d’água já dura mais de 30 horas e moradores reclamam da demora na normalização
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
Moradores de Balneário Camboriú enfrentam sexta-feira seca, ainda sem água após o rompimento de uma adutora provocado por uma obra da SCGás em Camboriú, na noite de quarta-feira. A situação afetou vários bairros e gerou críticas à Emasa, responsável pelo abastecimento.
O conserto foi concluído só na madrugada de sexta-feira, após mais de 30 horas de trabalho. “A Emasa só enrola e nada de resolver o problema”, reclamam moradores. Um deles, o advogado B.B., afirmou estar o dia todo sem água, mesmo com a autarquia dizendo que o sistema já foi normalizado.
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Segundo a Emasa, a retomada do abastecimento é mesmo lenta. “A SCGás perfurou uma adutora de 800 milímetros, responsável por levar água bruta até a estação de tratamento”, informou.
A autarquia explica que regiões mais baixas já começam a receber água, mas bairros mais altos e distantes ainda sofrem com a falta. O motivo é que os reservatórios precisam ser reabastecidos, o que leva tempo, principalmente porque a água consumida imediatamente dificulta a recuperação do sistema.
Bairros como Estaleiro e Estaleirinho, que estavam com os reservatórios cheios, quase não sentiram os efeitos. No centro, prédios com grandes caixas d’água também tiveram menor impacto.
O rompimento aconteceu na rua Marmeleiro, no Tabuleiro, em Camboriú. A SCGás fazia a instalação de rede de gás sem avisar a Emasa e atingiu a adutora com uma máquina perfuratriz. O problema só foi percebido pelo sistema de telemetria, ao detectar a queda de pressão.
Devido à gravidade do acidente — que atingiu também outra adutora de 600 milímetros no mesmo local —, a Emasa esvaziou as tubulações, reforçou o abastecimento dos reservatórios e pediu que a população economizasse água.
As equipes trabalharam sem parar por mais de 30 horas. “Foi um trabalho delicado, com risco de danos ainda maiores ao sistema”, explicou o diretor técnico da Emasa, Jefferson Andrade.
A religação das bombas aconteceu por volta das 5h desta sexta. A água ainda passa pelo processo de tratamento antes de ser enviada à rede.
A Emasa informou que vai registrar Boletim de Ocorrência e buscar responsabilização da SCGás pela intervenção não comunicada.
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Franciele Marcon
Fran Marcon; formada em Jornalismo pela Univali com MBA em Gestão Editorial. Escreve sobre assuntos de Geral, Polícia, Política e é responsável pelas entrevistas do "Diz aí!"
