Por meio do instituto, as empresas financiam a elaboração de projetos técnicos que depois são doados para o poder público fazer as licitações e tocar as obras. Entre os projetos em curso estão o masterplan do terminal de cruzeiros, a ligação da BR 101 à Praia Brava e o eixo viário que conectará a Murta à Via Expressa Portuária e à Antônio Heil, obras consideradas estruturantes pra mobilidade da região.
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Em novembro, a entidade deu a largada para o estudo técnico do contorno oeste de Itajaí, uma nova avenida que vai ligar as rodovias Jorge Lacerda e Antônio Heil, cortando os bairros Espinheiros, São Roque e Itaipava pra driblar a tranqueira na 101. O instituto também coordena propostas do programa de habitação de interesse social, voltadas a ampliar o acesso à moradia digna para os trabalhadores locais.
Com a adesão de mais empresas, o instituto quer fortalecer a contribuição do setor empresarial no desenvolvimento de Itajaí. “O instituto surgiu para dar forma à boa vontade dos empresários que querem contribuir com Itajaí. É um espaço de construção coletiva, financiado pelo próprio setor empresarial, que transforma ideias em projetos técnicos prontos para sair do papel”, destaca o presidente da organização, Fábio Inthurn.
Os interessados em integrar o instituto podem entrar em contato com a assessoria da organização, pelo telefone (47) 99182-4942 (WhatsApp), por meio do qual é fornecido um termo de adesão. Cada empresa adere a uma cota mensal de R$ 10 mil. Empresas apoiadoras podem se juntar pra fazer a adesão. O Instituto Mais Itajaí foi lançado em agosto, inicialmente com participação de 29 empresas e entidades.
Cooperação pra abraçar mais projetos pra cidade
A presidente da Associação Empresarial de Itajaí (ACII) e CEO da construtora Edificart, Thaísa Nascimento Corrêa, comenta que o modelo do Instituto Mais Itajaí foi inspirado em iniciativas de outras cidades, inclusive fora do país, com resultados positivos no desenvolvimento urbano e no fortalecimento da relação dos empresários com o poder público.
Ela destaca que a cooperação gera agilidade no processo e garante a qualidade dos projetos. “Hoje, quando uma prefeitura precisa fazer um projeto, ela vai precisar licitar e não necessariamente quem licita é expert naquele assunto específico. Como a gente pode contratar diretamente, a gente pode escolher a empresa que tem o melhor escopo pra entregar o melhor projeto pra cidade”, afirma.
Em Itajaí, a ideia é que o instituto se fortaleça com mais empresários envolvidos. As adesões ajudarão a bancar a contratação de projetos estruturantes e dar longevidade ao instituto, para além das primeiras entregas. “O instituto foi criado com projetos iniciais específicos, que são projetos-base, mas projetos pra cidade sempre vão existir. Então, quanto mais unidos os empresários estiverem, melhor essa força”, avalia.
Thaísa explica que a participação no movimento vale pra pequenas, micro, médias e grandes empresas. Também não é necessário ser associado da ACII pra entrar no instituto, mas a associação pode servir de canal e acesso, facilitando a entrada das empresas, se valendo do relacionamento que a ACII já tem com os empresários.
Segundo Thaísa, a associação pretende fortalecer essa atuação a partir do ano que vem. “A ideia é que, em 2026, a associação participe mais pra realmente ser uma voz que possa trazer mais empresários pro instituto. E ele vai estar diretamente conectado com a associação, mas não há uma obrigatoriedade de estar associado pra participar do instituto”, frisa.
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