O humorista Léo Lins, conhecido pelas polêmicas que coleciona, se apresenta em Itajaí no dia 10 de dezembro com o show “Enterrado vivo”. A apresentação será no Teatro Municipal.
O comediante afirma que o novo solo reúne piadas afiadas e provocações sobre temas diversos. Nos últimos anos, ele enfrentou reações intensas. Em 2024, o humorista teve o show proibido em mais de ...
O comediante afirma que o novo solo reúne piadas afiadas e provocações sobre temas diversos. Nos últimos anos, ele enfrentou reações intensas. Em 2024, o humorista teve o show proibido em mais de 50 cidades, perdeu perfis nas redes sociais, recebeu ameaças de prisão e passou a responder a processos do Ministério Público. Mesmo assim, segue atraindo plateias pelo país. Os ingressos estão à venda no site Minha Entrada, com preços a partir de R$ 49,50.
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O trabalho de Léo Lins virou alvo de discussões jurídicas e acusações de preconceito. Em 2023, o Tribunal de Justiça de São Paulo mandou retirar do ar o especial “Perturbador”, que estava no YouTube e somava mais de 3 milhões de visualizações. O vídeo havia sido gravado em Curitiba e trazia piadas sobre diferentes grupos sociais, incluindo negros, idosos, obesos, soropositivos, homossexuais, povos originários, nordestinos, evangélicos, judeus e pessoas com deficiência. A medida foi tomada após pedido do Ministério Público.
Na época, o humorista usou as redes sociais para criticar a decisão e disse que enfrentava censura. Ele afirmou que pretendia recorrer e que recebia remuneração pelo conteúdo na plataforma.
Em maio deste ano, a Justiça Federal condenou Léo Lins a oito anos e três meses de prisão, em regime fechado, por piadas classificadas como preconceituosas. A sentença também determinou o pagamento de uma multa de aproximadamente R$ 1,4 milhão e outros R$ 303,6 mil por danos morais coletivos. A decisão citou como agravante o fato de as declarações terem sido feitas em ambiente de diversão e descontração.
Na época, Léo Lins se manifestou nas redes sociais sobre o caso. Ele disse que a decisão representava censura e afirmou que as piadas feitas no palco estavam sendo tratadas como crime. O humorista criticou o processo, defendeu o trabalho como expressão artística e declarou que recorreria da determinação judicial.
Em setembro, o Ministério Público Federal pediu a redução da pena do humorista. O órgão manteve a defesa da condenação, mas afirmou que os crimes devem ser contados como uma única ação, e não como várias condutas separadas. O MPF também sugeriu diminuir a multa, que pode cair de cerca de R$ 1,4 milhão para pouco mais de R$ 53 mil. A análise agora está nas mãos do Tribunal Regional Federal, que decidirá se acata ou não as alegações.