LUTO EM ITAJAÍ
Morre Moacir Kienast, o surfista Moa
O velório acontecerá a partir das 19h desta sexta no crematório
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
O guarda portuário Moacir Veiga Kienast, ou o surfista Moa, de 44 anos, faleceu nesta sexta-feira, em decorrência de um câncer agressivo que enfrentava no cérebro. A morte de Moa foi confirmada pela esposa, Monica Regina Pereira Kienast.
O velório acontecerá a partir das 19h desta sexta-feira no crematório Angelus, em frente ao cemitério municipal do bairro Fazenda. “Com o coração dilacerado, mas amparada na fé em Cristo vivo, informo a vocês que estamos nos despedindo do Moa. Daqui para frente, qualquer coisa que a medicina pudesse fazer seria algo muito invasivo e esse não era o desejo dele. Faremos uma extubação paliativa e respeitosamente aguardaremos o tempo dele. Não há mais dor nem sofrimento. Moa está curado e viverá para sempre”, escreveu o amigo João Pedro Martins.
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Uma enxurrada de mensagens de familiares e amigos invadiu as redes sociais, todos lembrando o cara formidável que Moa foi em vida. “É muito triste receber uma notícia de um amigo que descansou, lutou pela vida e hoje está nos braços do Pai. Só tenho a agradecer a Deus por ter a honra de ter te conhecido, grande Moacir Kienast”, escreveu Ney Machado.
“Difícil escrever. O Moa sempre se doou mais pra mim do que eu pra ele, desde meninos. Era meu amigo porque era, porque vinha de outra geração, porque amava a natureza dele. O Moa é foda!!! muito!!! Um ser de outro lugar. Te amo brother, pra todo o sempre!!! @monica_pereira_kienast Tu é foda também!!! Que amor, que inspiração em meio a tudo isso”, escreveu o amigo Níkolas Reis.
Moa, além de surfista de bodyboard, era portuário e escritor. Ele lançou o livro Linhas Salgadas, pela editora Ipeamarelo, com crônicas sobre Itajaí e o surfe. Era pai de duas meninas, fruto do casamento de mais de 20 anos com a advogada Monica, e irmão da jornalista Martha Kienast.
Durante a pandemia de covid-19, em 2020, Moa foi diagnosticado com câncer cerebral no lóbulo frontal esquerdo. Na época, ele fez cirurgia e quimioterapia, sendo considerado curado da doença. Tudo estava bem até dezembro de 2023, quando voltou a sentir tonturas, perda de equilíbrio e alterações no apetite.
Moa voltou a fazer exames e o câncer havia retornado, desta vez no cerebelo e tronco cerebral. Segundo a esposa, o tumor estava em um local de difícil acesso. Moa passou por nova cirurgia e teve diversas complicações, ficando 41 dias internado, nove em coma e 22 dias na UTI. Desde então, diversas campanhas foram feitas para ajudar Moa no tratamento, mas nesta sexta-feira Moa descansou.
Franciele Marcon
Fran Marcon; formada em Jornalismo pela Univali com MBA em Gestão Editorial. Escreve sobre assuntos de Geral, Polícia, Política e é responsável pelas entrevistas do "Diz aí!"
