Um menino de oito anos caminhou cerca de 10 quilômetros às margens da BR 101 até ser resgatado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Porto Belo. A criança contou aos policiais que sofria violência doméstica e maus-tratos, e que foi expulsa de casa, em Itapema, na noite de quarta-feira, quando passou a perambular sozinha pela rodovia. No entanto, segundo o Conselho Tutelar, a história não é bem assim.
De acordo com a PRF, o menino foi visto por equipes da concessionária Arteris Litoral, que acionaram os agentes. “O garoto recebeu os primeiros atendimentos, incluindo acolhimento, água e alimento ...
De acordo com a PRF, o menino foi visto por equipes da concessionária Arteris Litoral, que acionaram os agentes. “O garoto recebeu os primeiros atendimentos, incluindo acolhimento, água e alimento. A criança afirmou ter sido expulsa de casa e andado por cerca de 10 quilômetros. O relato indica que o menino vivia em um ambiente de violência doméstica e maus-tratos”, informou a corporação.
Continua depois da publicidade
Após o resgate, o menino foi encaminhado ao Conselho Tutelar de Porto Belo. “O órgão agora é responsável pelas medidas necessárias para a responsabilização dos seus tutores legais”, disse a PRF. Como a família mora em Itapema, o caso foi repassado às autoridades do município vizinho.
O Conselho Tutelar de Itapema confirmou que recebeu a ocorrência e direcionou a criança para os atendimentos necessários. O conselho tutelar destacou que não procede a informação de maus tratos ou violência doméstica.
A conselheira que atendeu o caso frisou que a criança frequenta a rede municipal de Itapema, retornou à casa dos pais e a fuga de casa foi uma briga por causa de vídeo. Sem poder ter acesso ao aparelho, o menino decidiu fugir de casa. O Conselho Tutelar já aplicou as medidas de proteção à família.
A Polícia Civil de Itapema afirmou que, até o meio da tarde desta quinta-feira, não havia recebido o caso para investigar os motivos que levaram à família a abandonar o menino. O crime de abandono de incapaz tem detenção prevista de seis meses a três anos de prisão.