A Polícia Federal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Marinha do Brasil fizeram uma operação conjunta de combate à pesca ilegal em área protegida no litoral de Santa Catarina. A ação, batizada de operação Saragaço, foi na manhã desta terça-feira e fez a prisão em flagrante de 14 pessoas, com a apreensão de 60 toneladas de pescado e de 14 embarcações, além da aplicação de multas e autuações administrativas por infrações ambientais.
O foco principal da operação foi combater a pesca com redes de emalhe, tanto de fundo quanto de superfície, em zonas proibidas por legislação ambiental, especialmente na chamada “Área 3”, que fica ...
O foco principal da operação foi combater a pesca com redes de emalhe, tanto de fundo quanto de superfície, em zonas proibidas por legislação ambiental, especialmente na chamada “Área 3”, que fica ao largo do litoral norte catarinense. Esse tipo de rede é considerado predatório por causar riscos a diversas espécies marinhas, já que acaba capturando todo tipo de espécie.
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A fiscalização contou com o apoio de embarcações da Marinha e da Polícia Federal, além do uso de um helicóptero da PF, que auxiliou no monitoramento aéreo das atividades suspeitas. Com isso, foi possível identificar as embarcações pescando em locais proibidos.
As equipes constataram que os barcos operavam de forma coordenada, o que pode indicar associação entre grupos pesqueiros com o objetivo de intensificar a captura de peixes e explorar os recursos marinhos de forma predatória. As abordagens feitas em alto-mar levaram os envolvidos a responder por crime ambiental, além de medidas administrativas.
O Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi) informou, por meio de nota, que foi surpreendido com a operação do Ibama e da Polícia Federal, com apoio da Marinha do Brasil, na qual embarcações associadas ao sindicato foram abordadas e apreendidas. “Investigações posteriores irão apurar as responsabilidades. A Área 3 é uma zona de exclusão de pesca (ou interdição de pesca) estabelecida pela Instrução Normativa 12/2012. Ela restringe especificamente a pesca de emalhe e abrange parte dos litorais de Santa Catarina, Paraná e São Paulo”, declarou o Sindipi.
Rede de emalhe
A rede de emalhe cria uma barreira na água, onde os peixes ficam presos ao tentar atravessar, sendo capturados pelas guelras ou emaranhados nas malhas. Ela pode ser ancorada no fundo ou ficar flutuando na coluna d'água, presa por pesos e boias. Por funcionar como uma barreira, acaba capturando espécies diversas, o que contribui para a pesca predatória.