Em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na segunda-feira, representantes da empresa 99 anunciaram que vão dobrar o investimento no negócio de entrega de comida no Brasil pela 99Food, totalizando R$ 2 bilhões no primeiro ano de operação, até junho de 2026. Com mais dinheiro no serviço, a companhia pretende chegar a 15 cidades até o fim de 2025 e em 20 cidades até janeiro de 2026.

A Didi é a gigante chinesa dona do aplicativo de transporte 99 e domina o mercado na China. No Brasil, a empresa opera com a 99Food em Goiânia e São Paulo, planejando expandir para outras cidades na disputa com o Ifood. Na reunião, os executivos do grupo reafirmaram o compromisso em desenvolver o setor de alimentação no país, ampliando as oportunidades pela 99 em todo o sistema de entregas.

“Com o investimento desses R$ 2 bilhões, entendemos que precisamos fazer a vida dos nossos parceiros entregadores mais digna, oferecendo um lugar de ponto de apoio para eles descansarem, beber água e usar o banheiro. E, desse investimento, vamos aplicar R$ 50 milhões em pontos de apoio em todo o Brasil”, destacou o diretor-geral da 99 no Brasil, Simeng Wang.

De acordo com o fundador e diretor-executivo da Didi, Will Cheng, o investimento adicional reforça o papel central do Brasil na estratégia global da empresa. “Poucos mercados combinam escala, inovação e oportunidade como o brasileiro. Estamos confiantes de que a 99Food pode se tornar uma plataforma capaz de transformar a experiência de delivery”, comentou.

Os executivos da 99 e da Didi também anunciaram um pacote de R$ 6 bilhões em benefícios e renda aos entregadores. A iniciativa inclui crédito, locação e projetos de eletromobilidade, facilitando o acesso de motos e bicicletas elétricas para os trabalhadores. Uma das parcerias da 99 é com a Yadea, a maior fabricante de motocicletas elétricas do mundo, que fará um veículo elétrico especificamente pro transporte e entrega no Brasil.