Patinetes e bikes precisam dividir o mesmo espaço (Foto: João Batista)
A explosão dos elétricos, como patinetes e scooters, escancarou a defasagem da infraestrutura cicloviária da região. Mesmo com novas regras para uso desses veículos, os ciclistas ainda dividem o espaço apertado das ciclovias com equipamentos motorizados, em vias que mal comportam as bikes.
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Itajaí e Balneário Camboriú, maiores cidades da região, criaram juntos apenas três quilômetros de novas ciclovias em 2025. Itajaí lidera a malha da Amfri, com 84 quilômetros, mas tem trechos desconectados ...
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Itajaí e Balneário Camboriú, maiores cidades da região, criaram juntos apenas três quilômetros de novas ciclovias em 2025. Itajaí lidera a malha da Amfri, com 84 quilômetros, mas tem trechos desconectados. A prefeitura diz que projeta expansão com obras em andamento na Praia Brava e no centro.
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BC tem 58,7 quilômetros e aumentou em 1,5 quilômetro a malha, com obras na avenida Martin Luther, no Ariribá, e na avenida do Estado Dalmo Vieira. A previsão é ampliar mais cinco quilômetros em 2026. O município também atualizou a regulamentação da micromobilidade, proibindo menores de 16 anos em patinetes e exigindo itens de segurança.
A fiscalização foi reforçada e, só em agosto, houve 384 abordagens, com 46 retenções e 10 remoções. No acumulado do ano, até o mês passado, foram 1958 abordagens e 82 remoções. Os dados incluem os autopropelidos, autorizados a usar as ciclovias até 20 km/h, e os ciclomotores, que seguem as regras das motos.
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Em Navegantes, o destaque é o trecho de 11 quilômetros de ciclovia contínua na orla, sem cruzamentos nem semáforos. A cidade tem 51 quilômetros de ciclovias e prevê expansão de três quilômetros a partir de 2026, com obras no Gravatá, Machados e Meia Praia. A ampliação integra o novo plano de mobilidade urbana sustentável.
Cidades projetam ampliação em novas obras de mobilidade urbana (Foto: João Batista)
Camboriú tem cerca de 15 quilômetros de ciclovias, triplicando a malha nos últimos anos. A cidade ainda discute regras para os modais elétricos e já tem norma que limita a velocidade em áreas de pedestres e exige capacete e sinalização noturna. A última ampliação foi o acesso da ponte da rua Ricardo Assi, que ganhou ciclofaixa.
Apesar dos avanços em regulamentações, a segurança dos ciclistas preocupa. Para Henrique da Silva Wendhausen, presidente da Associação de Ciclismo de Balneário Camboriú e Camboriú (ACBC), o ideal é que as ciclovias sejam exclusivas para equipamentos sem necessidade de habilitação, como bicicletas comuns e elétricas sem acelerador.
Henrique critica a “invasão” de veículos motorizados nas faixas. “O sistema cicloviário é para a mobilidade não motorizada. O que vemos são todos os tipos de motorizados ocupando esse espaço”, critica.
Ele defende que as cidades adotem a lógica de proteger o mais frágil. “As regras atuais em BC e região deixam a desejar na segurança dos usuários. A regulamentação deve considerar que o maior sempre protege o menor”, completa.
João Batista; jornalista no DIARINHO, formado pela Faculdade Ielusc (Joinville), com atuação em midia impressa e jornalismo digital, focado em notícias locais e matérias especiais.
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