Se sair do papel, a torre deve se tornar um novo cartão-postal para todo o litoral norte catarinense. A altura prevista equivale a um prédio residencial de 185 andares. A estrutura será voltada exclusivamente ao turismo e ao entretenimento, sem residências ou espaços comerciais. Em entrevista ao DIARINHO, o empresário Guilherme P. Calefi, proprietário da GPC Empreendimentos, deu mais detalhes sobre o projeto.
Continua depois da publicidade
O que vai ter lá em cima
O topo da torre será dividido em cinco pavimentos, cada um com experiências diferentes. O destaque é o mirante com piso de vidro, onde o visitante terá a sensação de flutuar sobre a cidade e o mar.
Atrações planejadas
- 5º pavimento: sacada de vidro, lojas exclusivas e museu dedicado à empresa que comprar o naming rights
- 4º pavimento: praça de alimentação com opções variadas, incluindo redes de fast food
- 3º pavimento: restaurante sofisticado, acessível apenas mediante reserva
- 2º pavimento: espaço de eventos para lançamentos e grandes celebrações
- 1º pavimento: passarela externa, tirolesa vertical, queda livre em cadeira com óculos
3D e outras experiências radicais
Além disso, a torre poderá ser usada para grandes eventos turísticos e culturais, como réveillon e festivais.
Continua depois da publicidade
Público e impacto econômico
A expectativa seria receber 700 mil visitantes por ano. Os ingressos devem custar em média R$ 150, com entrada gratuita para crianças até quatro anos e meia-entrada até 15 anos. Cada visitante poderá permanecer uma hora no mirante, justamente para evitar filas e excesso de público.
Segundo os cálculos apresentados pelos idealizadores, a arrecadação para a cidade seria significativa. Apenas com o ISS (Imposto sobre serviços), tributo municipal que incide sobre o valor dos ingressos, seriam mais de R$ 1,4 milhão anuais. Fora isso, o comércio, a hotelaria e a gastronomia de toda a região devem sentir o impacto positivo.
“É um empreendimento com potencial internacional. Nossa expectativa é atrair 700 mil visitantes por ano, trazendo retorno para toda a economia local”, disse o empresário.
Local e investimento
A torre seria erguida na praça perto do molhe da praia do centro, um dos pontos mais movimentados da cidade. O investimento estimado é de R$ 300 milhões, bancados por investidores privados. O modelo será de parceria público-privada (PPP): o terreno pertence ao município, mas a obra e a operação seriam totalmente privadas, com contrapartida financeira à prefeitura.
A previsão seria de quatro anos de obras, já que a construção é mais simples que a de um edifício residencial: trata-se de um grande tubo de concreto, com estrutura metálica e vidro no topo.
Acesso e estacionamento
Os ingressos seriam vendidos exclusivamente pela internet, com horário marcado, evitando filas e tumultos.
A questão do estacionamento também já foi pensada. A ideia é construir um prédio exclusivo de garagem em outro ponto da cidade. O visitante teria duas opções: deixar o carro no estacionamento e seguir até a torre em vans fornecidas pelo empreendimento ou utilizar o serviço de manobrista (valet).
Continua depois da publicidade
Sustentabilidade e estudos
O projeto está em fase de estudos de impacto ambiental e urbanístico, que ainda não foram concluídos. Segundo Calefi, medidas de sustentabilidade estão previstas no desenho da obra, mas só após a conclusão desses estudos é que os detalhes serão apresentados oficialmente.
Não há investidores internacionais no projeto, mas sim um consórcio de empresas brasileiras.
O que diz a prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Itapema destacou que o projeto está em fase preliminar de análise e não há autorização para construção.
“O estudo não gera custos ao município e não garante execução. Qualquer avanço dependerá de pareceres técnicos, chamamento público e futura aprovação legal”, informou a administração.
A prefeitura reforçou ainda que todos os projetos de grande impacto urbano e turístico passarão por avaliações técnicas, jurídicas e financeiras, respeitando o interesse coletivo.
Continua depois da publicidade