Manifestação durou cerca de três horas (Foto: Manolo Carlos)
Manifestação durou cerca de três horas (Foto: Manolo Carlos)
Manifestação durou cerca de três horas (Foto: Manolo Carlos)
Manifestação durou cerca de três horas (Foto: Manolo Carlos)
Com cartazes com a frase “Em defesa da ciência e contra a discriminação na universidade”, gritos de “Recua fascista, recua fascista...”, “sem covardia, com estudante, fascista não se cria”, cerca de 70 estudantes tentaram ir até a frente do teatro Adelaide Konder, na Univali de Itajaí, protestar contra o evento Ação Política Atlântico Sul (Apas), no início da noite de sábado. Eles foram impedidos por seguranças, policiais militares e guardas municipais que formaram um cordão de isolamento.
Os estudantes gravaram vídeos denunciando que receberam jatos de spray de pimenta no rosto. O Apas é um evento político organizado pela produtora Brasil Paralelo para divulgar o pensamento ...
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Os estudantes gravaram vídeos denunciando que receberam jatos de spray de pimenta no rosto. O Apas é um evento político organizado pela produtora Brasil Paralelo para divulgar o pensamento conservador. No ano passado, aconteceu em Balneário Camboriú. Antes da manifestação de sábado, os estudantes já haviam publicado notas de repúdio ao fato de a Univali ser palco de um evento que, segundo eles, daria espaço ao negacionismo científico e ao revisionismo histórico.
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Segundo Otávio Colussi de Almeida, diretor da União Catarinense dos Estudantes (UCE), aluno da Univali e membro da organização nacional do Movimento Correnteza, o evento deveria ter sido pacífico, “com gritos de guerra e uma forma de repudiar um evento de extrema-direita na universidade”.
A convocação para participar do ato circulou durante duas semanas nos corredores da Univali e pelas redes sociais. “A gente iniciou a concentração a partir das 17h, fizemos uma plenária e orientação, entramos pela reitoria às 17h45, fomos em direção ao local do evento; a ideia era repudiar, fazer palavras de ordem e mostrar nossa indignação com a realização do evento dentro da universidade, mas nos deparamos com uma linha da segurança da Univali montada e alguns apoiadores do evento de extrema-direita indo para cima da gente”, justificou Otávio.
Spray de pimenta
O estudante relatou que houve empurra-empurra e tentativa de atingir os manifestantes. “Depois de alguns minutos a PM veio e tacou spray de pimenta na cara dos estudantes. Eu tomei no meu olho, outros companheiros tomaram spray na cara, não teve graves machucados, mas ficamos com hematomas e com os olhos ardendo”, contou.
A PM reforçou a linha de frente junto com a guarda, impedindo que os estudantes se aproximassem do teatro. “A gente continuou ali por mais duas horas, puxando palavras de ordem, fazendo falas no sentido de repudiar o evento, e as outras pessoas da extrema-direita ficaram provocando. Os únicos que foram atingidos por spray de pimenta fomos nós”, contou.
Por volta das 20h15, quando não havia mais apoiadores do evento no local, os estudantes fizeram uma nova plenária em frente à biblioteca. Otávio afirmou que a direção da Univali estava ciente da manifestação e havia afirmado que não impediria o protesto. “Me chamaram na sexta para conversar, falaram que só não queriam ter problemas, mas quando a gente chegou para a concentração se deparou com a polícia, foi bem o contrário do que foi colocado pela universidade, tinha barreira feita em frente ao anfiteatro”, explicou.
Agora, os estudantes dizem que querem se organizar para oferecer atividades culturais dentro da universidade. “Pensamos em criar um cineclube para organizar e reunir os estudantes”, explicou.
Desrespeitaram espaço delimitado, diz PM
Segundo o comandante da PM de Itajaí, tenente-coronel Ciro Adriano da Silva, a presença da polícia já estava prevista devido às indicações de protesto durante a conferência. “Nessa conferência estiveram nomes bastante conhecidos da política e alguns alunos manifestaram à Univali interesse de fazer uma manifestação demonstrando descontentamento com o evento. Foi verificado em páginas de Instagram, principalmente de grupos ligados a partidos de esquerda, Partido Comunista Brasil, que iriam fazer uma manifestação trazendo pessoas de fora da Univali. Considerando o tamanho do evento, a presença de pessoas de nome forte na política e do governador Jorginho Mello, a gente achou por bem fazer uma reunião com a Univali, PM e Guarda para um planejamento prévio com o objetivo de prevenir qualquer confusão ou problema”, explicou.
O cordão de isolamento teria sido necessário porque os estudantes não teriam respeitado o espaço pré-delimitado pro protesto. “Eles não foram pacíficos e também desrespeitaram a orientação da Univali, que disponibilizou um espaço. Se não fosse a intervenção das forças de segurança, com certeza ocorreria um mal maior, haveria o conflito entre as pessoas que estavam na conferência e os manifestantes. Então foi uma atuação necessária e delimitada para manter essa ordem no local”, finalizou a PM.
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Erro no cartaz virou post nas redes sociais do prefeito de Itajaí (Foto: Reprodução)
Fran Marcon; formada em Jornalismo pela Univali com MBA em Gestão Editorial. Escreve sobre assuntos de Geral, Polícia, Política e é responsável pelas entrevistas do "Diz aí!"
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