Balneário Camboriú
Evaldo Hoffmann deixa o comando da secretaria de Segurança de BC
Major Rodrigues, que já foi secretário em Itapema, vai assumir interinamente a pasta
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]



A prefeitura de Balneário Camboriú confirmou que o coronel da reserva da Polícia Militar, Evaldo Hoffmann, está se desligando do comando da secretaria de Segurança após o bafafá envolvendo Sirlei Luchtenberg, presidente do Conseg e da Associação de Moradores do bairro Pioneiros.
Evaldo teria ameaçado Sirlei durante uma ligação telefônica. Ela gravou a conversa, registrou um boletim de ocorrência e cobrou uma posição da prefeita Juliana Pavan (PSD). Na manhã desta terça-feira, veio o anúncio de desligamento - segundo informações oficiais, a pedido do próprio coronel.
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Quem assume interinamente é o diretor do Departamento de Contenção de Ocupações Irregulares e Degradação Ambiental (DCOI), Geraldo Rodrigues Alves Junior, major da reserva da PM. Rodrigues já foi secretário de Segurança de Itapema e presidiu o Colegiado de Segurança Pública da Amfri, cargo para o qual Evaldo foi nomeado no início do mês.
Segundo consta no boletim de ocorrência registrado por Sirlei, o secretário a teria chamado de “babaca”, “ser humano horroroso”, dito: “vou te fuder”, “vou te quebrar ao meio”.
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A confusão teria sido motivada por uma reunião entre o Conseg e o comandante do 12º Batalhão da Polícia Militar, Rafael Vicente, da qual Evaldo não participou. O militar teria tomado conhecimento do encontro, que tratava de denúncias contra a desordem provocada por menores de idade, através da imprensa, e ligou para Sirlei para tomar satisfação.
Nesta segunda-feira, quando a denúncia de ameaça veio à tona, Sirlei disse à reportagem do DIARINHO que não comentaria o caso por estar com medo. Já nesta terça, afirmou que vai “dar andamento em tudo que for preciso” e alegou que “ele [coronel] mentiu na entrevista ao jornal quando afirmou que Sirlei teria excluído pessoas de um grupo de Whats.
Ainda na segunda-feira, por meio de nota oficial, Evaldo disse que "fez cobranças como morador do bairro Pioneiros" porque Sirlei teria excluído dois servidores da prefeitura — que atuam na secretaria de Segurança — do grupo de moradores. Segundo ele, os servidores estariam divulgando ações da secretaria de Segurança no WhatsApp e a presidente ficou incomodada.
Evaldo afirmou que "passou dos limites com Sirlei" e disse, também, que já teria pedido desculpas. “Ao expressar minha indignação pela retirada dos servidores, que reforço, são moradores, fui repelido com várias justificativas e tom elevado, momento em que também elevei o tom, proferindo diversas palavras que reconheço como sendo excessivas, mas que as quais, depois, em reunião presencial com a sra. Sirlei, gentilmente ofereci meu pedido de perdão, pois o proferido não expressa meu formato normal de conversa”, alegou.
O DIARINHO entrou em contato com Evaldo novamente, logo após a informação sobre a sua exoneração, mas ele não respondeu aos questionamentos da reportagem até o fechamento desta matéria.
Franciele Marcon
Fran Marcon; formada em Jornalismo pela Univali com MBA em Gestão Editorial. Escreve sobre assuntos de Geral, Polícia, Política e é responsável pelas entrevistas do "Diz aí!"