ECONOMIA

Lula anuncia crédito de R$ 30 bi pra empresas atingidas por tarifaço

Plano do governo inclui busca por novos mercados e apoio a pequenos negócios

MP Brasil Soberano será anunciada com apoio do Congresso (Foto: Camila Diel)
MP Brasil Soberano será anunciada com apoio do Congresso (Foto: Camila Diel)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que vai assinar nesta quarta-feira uma Medida Provisória (MP), batizada de Brasil Soberano, que libera uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para empresas brasileiras atingidas pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos. A medida busca aliviar os prejuízos causados pelas novas tarifas aplicadas pelo presidente norte-americano Donald Trump.

“Ninguém vai ficar desamparado neste país por causa das medidas tomadas pelo presidente Trump. Vamos cuidar dos trabalhadores dessas empresas e, também, procurar outros mercados para elas”, afirmou Lula, em entrevista à rádio BandNews FM.

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A ajuda será focada, principalmente, em pequenos exportadores. O Governo Federal já havia afirmado, em outras ocasiões, que as empresas brasileiras que têm maior dependência do mercado norte-americano para as vendas terão atenção especial.

O tarifaço, que entrou em vigor no dia 6 de agosto, aumentou em 50% a taxação sobre mercadorias brasileiras, afetando diretamente a competitividade dos produtos no mercado norte-americano.

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Além da linha de crédito, o plano do governo prevê compras públicas para absorver parte da produção que ficaria sem destino. A ideia é usar esses produtos em programas sociais. Lula também afirmou que está mandando para outros países uma lista dos itens que antes eram exportados para os EUA.

O presidente afirmou que os R$ 30 bilhões são apenas o começo e que o valor pode aumentar, dependendo da necessidade.

Segundo ele, os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), devem participar do anúncio oficial.

O governo brasileiro também vai acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) e avaliar possíveis retaliações comerciais, previstas na nova Lei de Reciprocidade – que permite que o Brasil aplique sanções equivalentes a países que impõem barreiras comerciais ao país. A proposta é aplicar medidas pontuais, negociadas com os setores produtivos, para não prejudicar a economia interna.

Lula contou ainda que tem conversado com líderes de outros países, como os presidentes da China, Rússia e Índia — membros do Brics —, para tentar abrir novos mercados para os produtos brasileiros.

Lula também incentivou que os próprios empresários tomem atitude diante do tarifaço imposto pelos Estados Unidos. “Precisamos ajudar os empresários a abrir novos mercados e, também, incentivar os empresários a brigar pelos mercados. Não dá para deixar barato a taxação imposta. Há leis nos Estados Unidos e os nossos empresários podem abrir processo, podem brigar por seus direitos, lá, também”, ressaltou.

O presidente encerrou dizendo que quer preservar o emprego dos trabalhadores, garantir a sobrevivência das empresas e manter relações comerciais equilibradas com os EUA. “Nós vamos medir as consequências para o povo brasileiro e para a relação com os Estados Unidos a cada momento que a gente tiver de tomar uma decisão”, concluiu.

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