ÚNICA CHANCE
Jovem corre contra o tempo para iniciar tratamento milionário contra câncer agressivo
Sem opção pelo SUS, única saída é terapia importada. Tratamento pode chegar a R$ 550 mil
Camila Diel [editores@diarinho.com.br]

A cada dia que passa, a chance de Luiz Fellipe Montibeller diminui. Aos 30 anos, ele recebeu o diagnóstico que mudaria tudo: melanoma metastático, um câncer de pele em estágio 4, agressivo e de rápida evolução. A única forma de tentar conter a doença é a dupla imunoterapia — um tratamento importado e de alto custo, que não está disponível no SUS. “Não tem garantias do remédio funcionar, mas é o único remédio, um dos únicos tratamentos. Tem que ser aplicado imediatamente pra não se espalhar”, explica.
O protocolo prevê, na primeira etapa, pelo menos duas doses de R$ 90 mil cada, podendo chegar a quatro, além de uma cirurgia estimada em R$ 30 mil. Na fase seguinte, cada dose pode custar de R$ 20 mil a R$ 25 mil, com possibilidade de até 20 aplicações, dependendo da resposta ao tratamento.
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Do sonho ao baque
Natural de Taió e morador de Itajaí, Luiz passou os últimos 10 anos na Irlanda. Lá, se formou em Ciência da Computação pela Trinity College Dublin e trabalhava como professor de tênis e faxineiro. Em 2023, voltou ao Brasil cheio de planos: queria se restabelecer perto da família, abrir um negócio e seguir a carreira na área de tecnologia. Mas, poucos meses depois, a vida virou de cabeça para baixo.
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Pouco depois de chegar, percebeu uma verruga que sangrava na lombar. “Fiz biópsia e vi que era melanoma. Fiz um exame e vi que estava nas ínguas. Aí eu fiz a cirurgia pra tirar”, conta. Logo em seguida entrou em um protocolo de pesquisa com imunoterapia em Itajaí, tratamento já não coberto pelo SUS.
Após a cirurgia, Luiz voltou a trabalhar. “Eu comecei a imuno e estava bem. Fiquei um mês e meio trabalhando, e depois começou a doer. Fiz um exame e descobri que o câncer havia voltado”, conta.
Mais agressivo
O retorno da doença foi devastador. Entre a segunda e a terceira dose do tratamento experimental, exames mostraram que o câncer havia voltado de forma mais agressiva, evoluindo para estágio 4. “A gente fica mal, o psicológico fica abalado…”, desabafa. Ele explica que tudo parece acontecer ao mesmo tempo: a doença avançando, os custos altos e o prazo apertado. “Tem que correr contra o tempo porque tem que tomar logo, mas não tem dinheiro…”. Emocionado, conta que foi por isso que decidiu pedir ajuda. “Eu abri a vaquinha pra arrecadar.”
Ele sabe que o tempo é decisivo. “Vou ter que gastar quase R$ 90 mil essa semana com a primeira dose, depois tem cirurgia, enfim. Isso tudo abala o psicológico da pessoa. Mas graças a Deus a minha família, o suporte e meus amigos estão sempre comigo me dando força. E sem eles eu não conseguiria estar tão forte como eu estou conseguindo. É uma luta, é uma guerra, mas Deus está comigo e sabe o que faz.”
Luiz pede qualquer forma de ajuda: doação em dinheiro ou compartilhando o link da vaquinha virtual com a sua história. As doações podem ser feitas pela site da vaquinha online ou pelo pix: 07465739950.
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Camila Diel
Camila Diel; jornalista no DIARINHO; formada pela Univali, com foco em jornalismo digital e produção de reportagens multimídia.