Penha tem quatro praias pré-aprovadas para receber a cobiçada certificação Bandeira Azul na temporada 2025/2026. O anúncio foi feito pelo júri nacional do programa em junho e marca um avanço inédito: a possibilidade de hastear a certificação em três dos 25 balneários do município. Estão na lista Bacia da Vovó, praia da Saudade, praia Grande e praia Vermelha, entre as 60 praias e marinas brasileiras que podem conquistar o selo internacional.
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A decisão será divulgada em outubro pela Foundation for Environmental Education (FEE), com sede na Dinamarca. O programa reconhece praias e marinas que atendem a rigorosos critérios de ...
A decisão será divulgada em outubro pela Foundation for Environmental Education (FEE), com sede na Dinamarca. O programa reconhece praias e marinas que atendem a rigorosos critérios de gestão ambiental, qualidade da água, segurança, educação ambiental e infraestrutura.
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“Estamos trabalhando para cumprir todos os apontamentos do júri técnico. Essa conquista histórica representa um avanço significativo para Penha e para o estado”, afirma Susan Corrêa, secretária de Turismo do município. Ela lembra que na temporada passada, Penha já havia conquistado a certificação para três praias.
Para Leana Bernardi, coordenadora nacional do Programa Bandeira Azul e diretora do Instituto Ambientes em Rede, a premiação tem fortalecido a sustentabilidade no turismo brasileiro. “A expansão do selo mostra o compromisso crescente com a valorização do patrimônio natural e a excelência na gestão ambiental das áreas costeiras”, afirma.
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Gilberto Manzoni, professor e coordenador da Unidade de Estabilização de Animais Marinhos da Univali em Penha, destaca a importância da certificação: “Ela qualifica as praias e exige um comprometimento real do poder público, com limpeza constante, acessibilidade, banheiros adequados e ações educativas para os frequentadores.”
Na visão de Elisabete Rocco, presidente da associação comunitária da prainha da Saudade – que engloba também as praias da Lola, Bacia da Vovó e do Bananal – , o programa também promove conscientização ambiental. “O Bandeira Azul tem impacto positivo, mas é essencial garantir monitoramento e presença constante de orientadores. As praias têm demanda alta e é preciso planejamento para manter o equilíbrio”, ressalta.
Além da visibilidade, a certificação se torna uma ferramenta estratégica. O professor João Antônio dos Anjos, da Univali, vê no Bandeira Azul um diferencial para o marketing turístico, mas alerta para a necessidade de integração com ações sustentáveis de longo prazo. “É um plus, mas precisa caminhar junto com programas contínuos de gestão costeira e educação ambiental”, reforça.