O regulamento determina que em caso de desistências das cidades classificadas, a vaga aberta seja destinada à equipe com melhor aproveitamento na disputa entre os quartos colocados das fases regionais. “Fomos a equipe com melhor aproveitamento na disputa de terceiro e quarto, vencemos Balneário por 3 a 1, enquanto nos outros regionais os placares foram 3 a 0”, explicou a supervisora das equipes de rendimento da Associação Itajaí Pró Vôlei, Daise Lamin, que representaria Itajaí na competição de rendimento da base.
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A desistência da equipe de Santiago do Sul foi informada ainda no congresso técnico, antes do sorteio das chaves. Mesmo assim, a Fesporte fez o sorteio sem convocar o time de Itajaí, montando uma das chaves da competição com apenas três equipes – ao todo 16 times deveriam participar da etapa estadual, mas com a desistência de Santiago do Sul somente 15 cidades entrarão em quadra.
“A Fesporte alega que a equipe de Santiago do Sul não desistiu dentro do prazo [27 de junho], mas eles desistiram antes do início do congresso técnico. Nós não poderíamos ser prejudicados por isso, porque a equipe que desistiu não fez as coisas no prazo certo. A intenção da Fesporte, que é o órgão que comanda o esporte de Santa Catarina, é incluir os jovens na competição, não excluir. O que estamos querendo é o bom senso da Fesporte em relação a essa situação, porque a gente não pode pagar por, digamos assim, um erro da equipe de Santiago do Sul, que nunca participou, que não entende dessas questões de prazo e tal...”, destacou Daise.
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A diretoria da Fundação de Esportes de Itajaí acionou o Tribunal de Justiça Desportiva de Santa Catarina, mas o mandado de segurança foi negado na tarde de sábado. A fundação ainda não informou se pretende recorrer à justiça comum para tentar garantir a participação dos atletas de voleibol na competição.
Segundo Roberto de Sá Prudêncio, diretor de Desporto de Rendimento da Fmel, a fundação buscou na justiça o direito garantido pelo regulamento de participar da competição. "Infelizmente, o Tribunal de Justiça Esportiva entendeu que a Fesporte não teria essa obrigação, explicou os motivos, a questão do regulamento, que a vacância deveria ter acontecido no prazo de desistência para obrigar a Fesporte a incluir outra equipe. Como ocorreu após esse prazo, passa a Fesporte a não ter mais obrigação de incluir", comentou.
"A Fmel tentou ao máximo para incluir o voleibol no Joguinhos, infelizmente perdemos essa batalha", completou.
Selvino Anderson Junior, gerente de Esporte de Rendimento da Fesporte, informou ao DIARINHO que está ciente da situação envolvendo o time de voleibol de Itajaí, mas afirmou, neste domingo, que a equipe só seria chamada a participar dos Joguinhos se o TJDSC desse parecer favorável no mandado de segurança. “Itajaí foi a equipe melhor quarta colocada da competição pelo índice técnico, mas o TJD analisou e não acatou o pedido, portanto seguimos com as 15 equipes. Se o TJD tivesse acatado, iríamos refazer o sorteio”, informou.
Selvino admitiu que, no momento do congresso técnico, não tinha conhecimento de que Itajaí era a melhor quarta colocada e alegou que a desistência de Santiago do Sul não era esperada. “Teríamos que reabrir o sistema, comumente não fazemos, para que o time de Itajaí inscrevesse os atletas. Eu entendo o município de Itajaí, defendendo a participação de seus atletas, mas o que aconteceu foi uma coisa muito difícil de acontecer, mas infelizmente aconteceu”, disse.
Segundo Selvino, a equipe de Santiago do Sul optou por não disputar os Joguinhos pela logística de ir até Rio do Sul e por conta dos atletas terem outra competição no mesmo período de realização dos jogos.