A Vara Criminal de Navegantes decidiu levar a júri popular dois policiais militares e o cunhado de um deles, acusados do brutal assassinato de dois homens na Empório FG Conveniência, que fica na rua Orlando Ferreira, no bairro Machados, em 29 de dezembro de 2023. A decisão sobre o Tribunal do Júri foi publicada em 29 de maio deste ano.
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O crime foi gravado pelas câmeras de monitoramento e chocou pela violência e frieza com que as vítimas foram executadas. Os três envolvidos tiveram a prisão preventiva decretada em fevereiro ...
O crime foi gravado pelas câmeras de monitoramento e chocou pela violência e frieza com que as vítimas foram executadas. Os três envolvidos tiveram a prisão preventiva decretada em fevereiro de 2024 e estão presos.
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Irão a julgamento os PMs Paulo Miranda de Oliveira e Juliano Corrêa dos Santos, além de Danilo Ferreira Aguiar, que é cunhado de Paulo. Eles respondem por duplo homicídio e cinco tentativas de homicídio.
Saíram do serviço para matar
As vítimas, Alexandre Hardt das Virgens e Antônio de Jesus Borges Saldanha, foram executadas na última sexta-feira de 2023. As imagens mostraram dois encapuzados chegando em um carro preto às 2h21. Um homem foi morto dentro da conveniência, enquanto o outro foi executado do lado de fora. Outras cinco pessoas quase foram atingidas pelos disparos.
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Segundo a denúncia do Ministério Público, Juliano e Paulo estavam de serviço no 25º Batalhão da Polícia Militar de Navegantes na noite do crime. Eles deixaram a viatura oficial, um Hyundai Creta, estacionada na SC 414, no bairro Escalvados, para embarcar no Celta de Danilo, cometer os assassinatos e retornar ao serviço depois do banho de sangue.
Conforme a investigação, Juliano e Paulo estavam no banco da frente do Celta que parou em frente à conveniência. Juliano desceu do banco traseiro e fez diversos disparos, atingindo Alexandre com três tiros. Outros tiros quase acertaram as demais vítimas. Em seguida, Paulo saiu do carro e fez oito disparos contra Antônio, além de atirar novamente em Alexandre e em direção a outras pessoas. A motivação dos crimes teria sido fútil, em represália ao dono da conveniência que teria denunciado abusos de autoridade praticados pelos policiais.
O escritório do advogado criminalista Matheus Menna, que faz a defesa dos acusados, disse que irá se manifestar somente nos autos do processo porque o caso corre em segredo de justiça.