TRAVESSIA EM RISCO

Falta de reajuste e gratuidades não pagas ameaçam funcionamento do ferry-boat

Empresa gasta R$ 450 mil com combustível e cobra ação urgente do governo para manter o serviço

Mais de 90% dos usuários do ferry-boat são pedestres, ciclistas e motociclistas, que pagam tarifas muito abaixo do custo real da operação
(fotos: FELIPE TROJAN)
Mais de 90% dos usuários do ferry-boat são pedestres, ciclistas e motociclistas, que pagam tarifas muito abaixo do custo real da operação (fotos: FELIPE TROJAN)
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O sistema de ferry-boat entre Itajaí e Navegantes está no limite. Sem reajuste nas tarifas desde 2017 — há oito anos — e sem receber os repasses das gratuidades garantidas por lei, a operação da travessia se tornou insustentável. O risco de paralisação é real, segundo a NGI Sul, empresa que administra o serviço.

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Enquanto os custos com combustível, manutenção e folha de pagamento dispararam, o valor cobrado pela travessia segue congelado. Só o diesel, que custava R$ 2,65 em 2017, hoje ultrapassa os R$ 6. Atualmente, a NGI Sul, empresa que opera o sistema, gasta mais de R$ 450 mil por mês só com combustível. A defasagem tarifária acumulada desde o último reajuste já ultrapassa os 50%.

O quadro se agrava com a ausência de repasses das gratuidades oferecidas por lei a pessoas com deficiência, em tratamento oncológico, fibromialgia ou em hemodiálise. O benefício é garantido, mas quem paga a conta é a empresa – sem receber um centavo de ressarcimento do governo do Estado.

Mais de 90% dos usuários do ferry-boat são pedestres, ciclistas e motociclistas, que pagam tarifas muito abaixo do custo real da operação: R$ 1,45 para pedestres, R$ 1,85 para ciclistas e R$ 2,30 para motociclistas. “O que é possível comprar hoje com R$ 1,45?”, questiona a direção da NGI Sul. Para efeito de comparação, uma motocicleta paga R$ 5,55 na travessia de Joinville – mais que o dobro do valor cobrado em Itajaí.

Apesar de atender uma das regiões mais movimentadas do estado, com milhares de trabalhadores, estudantes e pacientes cruzando o rio todos os dias, o sistema não recebe qualquer incentivo para se manter. Ao contrário: são 250 funcionários diretos e cerca de metade das despesas da empresa é comprometida com salários. A inflação acumulada desde o último reajuste também pesa: mais de 50% de aumento no custo de vida e nenhum centavo a mais na tarifa.

Segundo a empresa, até o momento não houve qualquer sinalização do governo do Estado ou da Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc) – nem sobre o reajuste da tarifa, nem sobre os repasses das gratuidades.

O alerta está dado. Se nada for feito, o sistema pode parar. A tarifa congelada, o aumento dos custos e o não pagamento das gratuidades formam um tripé de desequilíbrio que ameaça travar a principal ligação entre Itajaí e Navegantes. A travessia é essencial — e precisa ser tratada como tal.






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