TRANSPORTE

Agilidade e resultados

O modelo cooperativista no transporte de cargas garante vantagens para trabalhadores e clientes

Cooperativas de transportadores autônomos oferecem agilidade, segurança jurídica e custos mais competitivos para grandes operações (Foto: Paulo Giovany)
Cooperativas de transportadores autônomos oferecem agilidade, segurança jurídica e custos mais competitivos para grandes operações (Foto: Paulo Giovany)

Os benefícios do associativismo para empresários podem transformar profundamente a trajetória de um negócio. Esse modelo possibilita acesso a novas oportunidades, amplia redes de contato e fortalece a competitividade no mercado, por meio de conexões estratégicas e crescimento sustentável. Um setor que vem colhendo resultados expressivos com o associativismo é o de transporte de cargas, especialmente com a formação de cooperativas que reúnem transportadores autônomos. Essas organizações agregam valor, agilidade e qualidade aos serviços logísticos, anteriormente prestados apenas por motoristas independentes ou transportadoras tradicionais.

“Contratar uma cooperativa de logística, especialmente no transporte rodoviário, apresenta vantagens competitivas significativas em comparação à contratação direta de motoristas autônomos ou de transportadoras convencionais”, afirma o professor doutor Luiz Eduardo Simão, dos cursos de graduação e pós-graduação lato sensu e stricto sensu da Universidade do Vale do Itajaí (Univali).

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Entre os principais pontos destacados pelo especialista estão a redução de riscos operacionais e jurídicos. Isso porque a cooperativa assume a gestão contratual, tributária e previdenciária dos cooperados, protegendo o contratante de eventuais passivos trabalhistas e vínculos informais. “O modelo cooperativista também proporciona maior disponibilidade e flexibilidade operacional, ao reunir diversos motoristas e veículos sob uma mesma gestão. Isso permite rápida alocação de recursos conforme a demanda, inclusive em períodos de alta sazonalidade, em regiões menos atendidas e em múltiplas localidades”, acrescenta.

O presidente da Logcooper, de Itajaí, Eduardo Brasil, exemplifica como essa dinâmica funciona na prática: “Suponha que um armador ou empresa precise contratar 20 ou 30 caminhões simultaneamente para o transporte de contêineres. As cooperativas têm frota e contingente suficientes para atender a essa demanda em curto prazo, o que dificilmente ocorre com transportadoras tradicionais.”

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Além disso, o contratante se beneficia de custos mais competitivos, já que as cooperativas operam com margens mais enxutas e repassam os ganhos de escala aos clientes. Outro diferencial está na padronização da qualidade dos serviços: as cooperativas capacitam e monitoram seus cooperados, garantindo conformidade com normas de segurança, cumprimento de prazos e rastreabilidade das operações.

“Em alguns casos, a cooperativa atua também como interlocutora técnica, oferecendo soluções logísticas integradas e uma gestão centralizada. Isso simplifica os processos para embarcadores que demandam confiabilidade, agilidade e otimização de custos em suas operações”, complementa Simão.

O professor também destaca a existência de centros operacionais integrados, capazes de realizar o monitoramento em tempo real, com rastreamento e respostas rápidas a eventuais imprevistos. No entanto, ele ressalta que essa eficiência está diretamente relacionada ao nível de maturidade da cooperativa, à sua infraestrutura tecnológica e à qualidade da coordenação logística. “Temos bons exemplos na região: Cootravale, Cootralog, Coopercol, entre outras, que oferecem serviços de transporte diversificados com excelência”, afirma.

Na outra ponta, o modelo também traz ganhos importantes para o transportador autônomo. Eduardo Brasil, da Logcooper, conta que a cooperativa surgiu da necessidade de os motoristas autônomos se tornarem competitivos e observa que o cooperativismo fortalece o profissional ao oferecer uma estrutura robusta, que engloba planejamento e roteirização das rotas, segurança jurídica tanto para o motorista quanto para o contratante, averbação de veículos e cargas, além de assessoria contábil, fiscal e financeira. Sem contar a garantia de recebimento do frete.

União de forças e objetivo comum

Áureo Tedesco, coordenador técnico do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) para o ramo de transportes, explica que as cooperativas de cargas e passageiros surgem da união de forças dos cooperados em torno de um objetivo comum. “É uma resposta a necessidades que, individualmente, esses profissionais não conseguiriam suprir.”

Segundo Tedesco, o modelo societário das cooperativas oferece inúmeras vantagens tanto para os cooperados quanto para os clientes. 





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