MOBILIDADE

Banco Mundial libera US$ 590 milhões para obras de mobilidade em SC

Recursos são para o Estrada Boa, prevenção a desastres e Promobis

Recursos para o Promobis são os que têm a liberação mais avançada (Foto: Divulgação/GOVSC)
Recursos para o Promobis são os que têm a liberação mais avançada (Foto: Divulgação/GOVSC)

A comitiva de Santa Catarina apresentou mais de US$ 590 milhões em projetos para investimentos do Banco Mundial em obras no estado. A missão oficial a Washington (EUA) já teve sinalização positiva da instituição internacional para a liberação dos recursos. São US$ 300 milhões para o Estrada Boa, que prevê recuperação e manutenção de rodovias estaduais e mobilidade na Grande Florianópolis, mais US$ 200 milhões para o Santa Catarina Resiliente e Protegida, com obras e equipamentos de prevenção a desastres, desassoreamento e barragens, além de US$ 90 milhões para o Promobis, que contempla ações de mobilidade na região da Amfri, como o túnel entre Itajaí e Navegantes. O retorno da comitiva está previsto para sábado, com chegada a Santa Catarina no domingo.

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O programa Estrada Boa, em estágio avançado de implantação, prevê US$ 300 milhões em financiamento do Banco Mundial e contrapartida de US$ 75 milhões. Os próximos passos incluem a aprovação ...

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O programa Estrada Boa, em estágio avançado de implantação, prevê US$ 300 milhões em financiamento do Banco Mundial e contrapartida de US$ 75 milhões. Os próximos passos incluem a aprovação da operação pelo Senado Federal, com expectativa de assinatura do contrato no início do próximo semestre.

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Na área de emergência climática, a reunião resultou na sinalização de aumento do valor de US$ 149 milhões para US$ 200 milhões. O projeto Santa Catarina Resiliente e Protegida, apresentado com meta inicial de US$ 119,2 milhões e contrapartida de US$ 29,8 milhões, prevê obras estruturantes e estudos técnicos voltados à gestão de riscos e prevenção de inundações, especialmente no Vale do Itajaí.

Na Agricultura, foi levado o projeto SC Rural 2, com financiamento de US$ 120 milhões e contrapartida estadual de US$ 30 milhões. O foco é o aumento da renda, competitividade e enfrentamento a eventos climáticos extremos por meio da inovação tecnológica e da melhoria dos serviços públicos. O SC Rural 2 prevê que metade do valor seja aplicado diretamente em apoio aos produtores, com projetos de melhoria nas propriedades sem necessidade de reembolso.

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Nesta sexta-feira, o governador Jorginho Mello (PL) continuou liderando a comitiva na capital dos Estados Unidos e se reuniu com a embaixadora do Brasil em Washington, ao lado do secretário Executivo de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos, Paulo Bornhausen, e dos prefeitos de Itajaí e Balneário Piçarras, Robison Coelho (PL) e Tiago Baltt (MDB), respectivamente presidentes do CIM-Amfri e da Amfri.

 

FINANCIAMENTO DO BANCO MUNDIAL

•US$ 300 milhões para o Estrada Boa (recuperação e manutenção de rodovias estaduais e mobilidade na Grande Florianópolis)

•US$ 200 milhões para o Santa Catarina Resiliente e Protegida (obras de prevenção a desastres, desassoreamento e barragens)

•US$ 90 milhões para o Promobis do CIM-Amfri (transporte coletivo regional, túnel e mobilidade em Balneário Camboriú)

 

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CONTRAPARTIDAS DO ESTADO

•Estrada Boa: US$ 75 milhões

•Resiliência: US$ 29,8 milhões

•Promobis: US$ 30 milhões

 

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Entrevista com Paulinho Bornhausen

“O programa de mobilidade elétrica, que começa na região da Amfri, já está aprovado pelo Banco Mundial”

Quais os projetos apresentados ao Banco Mundial?

Paulinho Bornhausen: São projetos aprovados ou em tramitação, mas ainda sem desembolso. São iniciativas com encaminhamento final para aprovação, passando pelas autoridades brasileiras, além de outras propostas solicitadas pelo governador para o futuro, como as da região da Grande Florianópolis, com previsão de aporte de 200 milhões de dólares. Somando tudo, conseguimos ultrapassar 500 milhões de dólares. O mais importante é que cada programa, como o Estrada Boa — que já foi iniciado pelo Estado e agora contará com aporte do banco — é inclusivo. Além de melhorar as rodovias, tem foco na segurança viária, com ações voltadas à redução de acidentes fatais em Santa Catarina.

O Estrada Boa tem um diferencial no contrato, com a empresa responsável também pela manutenção?

Paulinho: Sim, ele contempla a resiliência climática e adota um novo modelo de manutenção das rodovias. As empresas serão responsáveis pelas obras e também pela manutenção por 10 anos. Assim, o Estado contará com estradas em boas condições continuamente, sem a necessidade de contratar serviço por serviço. Qual é a vantagem disso? Quando não há manutenção regular, o custo para recuperação chega a 4 dólares por metro. Com manutenção contínua, cai para 1 dólar. Esse é um ponto que o governador enfatizou bastante e o banco foi assertivo. O programa é excelente.

Há também algum programa voltado para manter o jovem no campo?

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Paulinho: Sim. O programa da Agricultura é uma evolução de outras iniciativas que o banco já apoiou em Santa Catarina. Foram três programas anteriores, e agora o foco é a permanência dos jovens nas propriedades. A ideia é que eles se tornem empreendedores digitais, capazes de gerir os negócios da família e gerar renda diretamente na propriedade. O objetivo é formar empresários rurais de alta qualidade. São programas já consolidados.

Como está o andamento do Promobis?

Paulinho: O programa de mobilidade elétrica, que começa na região da Amfri, já está aprovado pelo Banco Mundial e aguarda os trâmites finais no governo brasileiro. O valor é de 120 milhões de dólares, incluindo recursos para o túnel, já garantidos pelo banco. Esses recursos para a PPP já estão dentro do financiamento da Amfri. O governo estadual está aportando 24 milhões de dólares no projeto para garantir sua execução com estabilidade e segurança financeira. Além disso, o governador garantiu 200 milhões de dólares para projetos de mobilidade na Grande Florianópolis e o banco já incluiu esse valor no seu orçamento. Também foram incluídas Joinville e Blumenau, com projetos ainda em fase inicial, mas que terão recursos garantidos futuramente. Esses valores, no entanto, não estão nessa conta atual.

Como o senhor avalia o resultado da missão catarinense ao Banco Mundial?

Paulinho: A viagem foi muito proveitosa. No Banco Mundial e no IFC — o braço privado da instituição — houve sinalização clara de apoio aos grandes projetos de Santa Catarina, com possibilidade de acompanhamento sob a marca do banco. Discutimos iniciativas como a Via Mar, as ferrovias e a ligação de Itajaí ao ramal de Araquari, essencial para integrar os portos. Outras ferrovias também fazem parte do plano estadual, que está quase pronto. A missão reforçou uma parceria de muitos anos com o banco, agora renovada com potencial de captar muitos recursos. É uma parceria vantajosa: o custo do dinheiro do Banco Mundial é muito menor do que qualquer linha estadual, federal ou externa. Trata-se da melhor opção para financiamentos de longo prazo, com ampla carência e juros mais baixos que qualquer outro tipo de operação financeira.




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