O promotor Diego Rodrigo Pinheiro, da 1ª Promotoria de Justiça de Balneário Camboriú, arquivou o inquérito policial instaurado para investigar o empresário Glauco Piai, de 53 anos, que teve R$ 100 mil apreendidos às vésperas da eleição passada em BC.
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A prisão de Glauco e a apreensão do dinheiro foram feitas pela Guarda Municipal de BC, no dia 23 de setembro do ano passado, sob a alegação de que havia acontecido um roubo em Brusque ...
A prisão de Glauco e a apreensão do dinheiro foram feitas pela Guarda Municipal de BC, no dia 23 de setembro do ano passado, sob a alegação de que havia acontecido um roubo em Brusque e o suspeito estava em uma Land Rover com a descrição que supostamente batia com a caminhonete de Glauco.
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Os GMs teriam abordado Glauco após receberem a informação de que a Land Rover, cor prata, com as iniciais da placa sendo “MKG”, havia participado de um roubo em Brusque e estaria circulando pela avenida do Estado Dalmo Vieira.
Os guardas municipais não encontraram nada irregular com Glauco, mas na porta do carona havia um bolo de notas de R$ 100 envoltas em borrachas. No porta-luvas, foi encontrado um envelope branco com mais dinheiro em espécie.
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O valor total apreendido foi de R$ 100 mil. Glauco foi preso e algemado, sendo levado para a delegacia. Na época, ele teria dito que era dono de uma construtora e que o valor seria para o pagamento de funcionários.
Com a investigação, o MP chegou à conclusão de que não existiu roubo e por isso Glauco não era suspeito de nada. “A conclusão das provas é que inexistiu o crime de roubo na cidade de Brusque ou na cidade de Balneário Camboriú com a participação de Glauco Piai, conforme informações colhidas pelo Núcleo de Inteligência da Guarda Municipal de Balneário Camboriú”, informou o promotor Diego.
“A ausência do delito torna-se ainda mais evidente quando sequer existe vítima, bens subtraídos e armamento com o investigado que, em tese, teria sido utilizado para a prática do delito patrimonial. Desta forma, verifica-se que o arquivamento é conclusão lógica, uma vez que não há indício de qualquer conduta criminosa para justificar a deflagração da ação penal quanto ao crime de roubo e inexistem diligências pendentes que poderiam levar a conclusão distinta. Diante do exposto, considerando a inexistência de indícios de crime de roubo, o Ministério Público promove o arquivamento deste procedimento”, concluiu.
O promotor frisou que a investigação de um possível crime eleitoral segue em apuração pela Justiça Eleitoral. Glauco é acusado de esquema de caixa dois na eleição que elegeu o prefeito Leonel Pavan (PSD) em Camboriú.
GM revelou armação
Logo após o caso vir à tona, o guarda municipal Euclides Kirsten, de BC, gravou um vídeo acusando o secretário municipal de Segurança Pública, Gabriel Castanheira, de “uma armação política” na prisão do empresário. “Após a abordagem, percebi que, na verdade, se tratava de uma armação política ordenada pelo prefeito Fabrício Oliveira e pelo secretário Castanheira”, acusou o GM à época.
“Nossa GM foi manipulada para fazer manchetes de jornal, usada para uma emboscada com fins eleitorais. Não havia arma, não havia risco. Fomos usados para um golpe”, continuou Kirsten.
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