Em 2024, a prefeitura já tinha isolado a área, mas as fitas foram arrancadas e os espaços no entorno seguiam frequentados. Uma das preocupações era o uso do parquinho pelas crianças. Vizinhos reclamaram do risco de queda de materiais da cobertura do ginásio, como tijolos, telhas e calhas. A estrutura do ginásio também está colapsada, com pilares entortados devido à queda do telhado.
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A Defesa Civil de Itajaí informou que as fitas de isolamento foram recolocadas recentemente, a partir de solicitação da superintendente das Fundações, Anna Carolina Martins, após terem sido removidas por terceiros. O órgão ressaltou que permanece a interdição do ginásio e das áreas ao redor e reforçou a orientação pra que as pessoas respeitem o isolamento.
“Mesmo sem nova avaliação da estrutura por parte da Defesa Civil, entende-se que as áreas próximas ao ginásio também oferecem risco, devido à proximidade com a construção interditada. Por esse motivo, o isolamento foi reforçado”, explicou a Defesa Civil. Para garantir mais segurança, é analisada a instalação de tapumes, considerando que as fitas têm sido retiradas com frequência.
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“Reforçamos que o acesso às áreas isoladas continua proibido até nova orientação da Defesa Civil”, completou o órgão. O telhado do Ivo Silveira despencou durante a instalação de uma manta de impermeabilização, em abril de 2024, quando a cobertura não teria suportado o peso do material de proteção.
O acidente comprometeu pilares de sustentação, que se curvaram, provocando rachaduras nas paredes. Além disso, o ginásio tem problemas na fiação elétrica e infiltrações no piso. Inaugurado em 1972, a estrutura do prédio também não atende às exigências atuais de acessibilidade.
Futuro do ginásio em discussão
O futuro do ginásio ainda será definido pela prefeitura. Uma reunião com moradores foi feita no início do mês pela Superintendência das Fundações e Fundação Municipal de Esportes e Lazer (Fmel). O município prestou esclarecimentos sobre a situação do ginásio com base nas últimas vistorias e ouviu sugestões da comunidade, entre elas medidas de segurança enquanto não rola uma possível demolição ou reforma.
Uma nova reunião deve tratar sobre qual projeto é mais viável para o local, com a apresentação das estimativas de custos pra eventual reforma ou construção de um novo ginásio. Presente na reunião, o morador Nilson José destacou que a discussão foi importante pra manifestação da comunidade. Ele opina que, considerando a deterioração do ginásio, o melhor seria demolir e construir um novo espaço.
“Eu, particularmente, acho que o mais viável seria derrubar aquele prédio, que está completamente comprometido, e realizar ali um centro poliesportivo, moderno, com acessibilidade, muito mais imponente, que possa ser usado não só pela comunidade da Fazenda mas de toda Itajaí”, comentou.
A superintendente de Fundações, Anna Carolina Martins, garantiu que nada será feito no local sem antes ouvir a comunidade. Ela ainda desmentiu fake news de que o governo estaria vendendo o terreno pra construção de empreendimento imobiliário, descartando qualquer negociação. “Não tem nada vendido, não tem nada negociado, não tem nada derrubado”, afirmou.
Uma das medidas previstas pela prefeitura é a retirada das telhas e ferragens da cobertura danificada, pra evitar quedas de materiais e riscos de acidentes durante vendavais ou chuvarada. O serviço será orçado e contratado pelo município. O isolamento das áreas no entorno do prédio completa ações de segurança.
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Enquanto se espera uma decisão sobre o futuro do ginásio, há possibilidade de aproveitamento do piso da quadra, a partir da retirada das paredes e cobertura. Nessa sugestão, o local poderia ser reativado pra uso da comunidade como quadra aberta. Segundo a Defesa Civil, não há definição sobre essa proposta até o momento.
Melhorias nos ginásios
Outros ginásios municipais de Itajaí, encontrados em situação precária pela atual gestão, passaram por reformas neste ano. O Gabriel João Collares, no São João, o único em funcionamento, recebeu pintura, retoque no piso da quadra, além da reforma dos banheiros e dos aparelhos da academia.
O centro de ginástica artística Mário Tavares, no centro, passou por uma reforma mais ampla pra ser reaberto, com troca de piso, melhorias nos banheiros, revisão da parte elétrica, higienização dos colchões e serviço de desratização. Já o ginásio Jucílio Fernandes, no Cordeiros, espera por reforma na cobertura pra ser reaberto.
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