INCLUSÃO E MÚSICA
"Ser diferente é normal": Colégio Salesiano celebra o Dia Internacional da Síndrome de Down com show da banda Os Extraordinários
Apresentação emocionante encantou alunos, famílias e educadores
#PubliEditorial
Ana Zigart [editores@diarinho.com.br]











“Todo mundo tem seu jeito singular. De ser feliz, de viver e de enxergar.” O verso de Gilberto Gil deu o tom da manhã desta sexta-feira no Colégio Salesiano de Itajaí, que celebrou o Dia Internacional da Síndrome de Down com uma programação especial e cheia de emoção.
Durante o Oratório Festivo, os estudantes participaram de um momento inclusivo marcado pela apresentação da banda Os Extraordinários, formada por crianças e adolescentes com síndrome de Down — incluindo um aluno da própria escola e uma da unidade de Balneário Camboriú.
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No palco, o talento brilhou: Helena e Eloá encantaram nos vocais, Laís mostrou habilidade no teclado, Rafael Packer emocionou no violão e Dudu (Eduardo Franzoi Pereira da Costa, aluno do 6º ano) deu o ritmo na bateria. Com o apoio das famílias e a vibração dos colegas, a apresentação se tornou um momento inesquecível para toda a comunidade escolar.
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Além da música, os alunos participaram da campanha “Lots of Socks”, vestindo meias coloridas como símbolo da diversidade e do respeito às diferenças.
Para os pais, o sentimento era de gratidão. “Foi emocionante ver como a inclusão pode ser real quando há oportunidade. Nossos filhos têm potencial e precisam apenas de espaço para mostrar do que são capazes”, disse Fernando de Lemos Basto, pai das artistas.
A mãe de Dudu, Caroline Franzoi da Costa, reforçou: “O Dia da Síndrome de Down não é só sobre usar meias coloridas. É sobre abrir espaço, mostrar que eles podem participar, se apresentar, se expressar. Eles podem voar — e não têm limites.”
A emoção também tomou conta de Rosângela Mendes Evaristo, que ficou impressionada com o envolvimento dos estudantes durante o show: “Os alunos estavam ali, atentos, participando, respeitando, aplaudindo. Foi lindo demais. Um momento que vai ficar pra sempre.”
Os próprios integrantes da banda demonstraram alegria e orgulho com a apresentação. “A gente é um ser iluminado”, disse Rafael, que toca violão há oito anos. Ele ainda explicou com sensibilidade o significado das meias diferentes: “É um símbolo, pra mostrar que somos muitos, mas cada um do seu jeito.”
Já Dudu, com seu jeitinho tímido e firme, resumiu com poucas palavras: “Minha banda é legal. Eu gosto muito de tocar.”
E Helena completou com brilho nos olhos: “Foi muito legal. Eu fiquei muito feliz e emocionada.”
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O evento no Salesiano de Itajaí reforçou, com música, carinho e representatividade, que inclusão não é exceção — é condição para um mundo mais justo. E, como diz a música que embalou esse dia: ser diferente é normal.