Sem casa

Prefeitura não confirma cessão do Robertão para o Camboriú jogar a Série B

Município quer prestação de contas de verbas recebidas e informações sobre SAF

Camboriú disputou a Série B de 2024 no Robertão (Foto: Arquivo/Camboriú)
Camboriú disputou a Série B de 2024 no Robertão (Foto: Arquivo/Camboriú)

O Camboriú ainda não tem um estádio definido para disputar o Campeonato Catarinense da Série B neste ano. Segundo o clube, a prefeitura não confirmou a cessão do estádio Roberto Santos Garcia, o Robertão, para a temporada. Já o município alega que falta prestação de contas de verbas recebidas pela Cambura e informações sobre a SAF do clube. A competição está marcada para iniciar no dia 1º de junho.

Segundo a diretoria do Camboriú, o ofício solicitando o estádio para a temporada foi protocolado no dia 12 de fevereiro, mas não teve resposta. Além dos jogos, o clube também usava o local para treinamento de base e da equipe profissional, academia, refeitório e fisioterapia.

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A Cambura ainda destaca que terá que procurar outras cidades para mandar jogos da base e do profissional, caso o Robertão não seja liberado.

Em resposta à nota oficial divulgada pela Cambura, a Prefeitura de Camboriú publicou uma extensa nota na segunda-feira, questionando a gestão do clube sobre o processo que transformou o Camboriú em SAF.

“O fato de a atual administração do Camboriú Futebol Clube não ter fornecido informações claras sobre o destino dos recursos municipais ou sobre a transformação do clube em uma SAF nos causa apreensão. Até o momento, a prefeitura não recebeu qualquer explicação por parte da diretoria do clube sobre a utilização do dinheiro público que foi investido anteriormente, nem sobre as mudanças significativas que ocorreram, como a alteração do símbolo do clube, das cores de sua camisa e, especialmente, a transformação em uma SAF, sem consulta popular”, diz a nota.

A prefeitura ainda alega que o Camboriú não joga há três anos na cidade e falta transparência nos R$ 100 mil que eram repassados pelo município, citando ainda a premiação de R$ 1,65 milhão que o Camboriú teria recebido pela participação no Copa do Brasil em 2023.

“O governo municipal, em seu compromisso com a cidade, a transparência e o bom uso dos recursos públicos, continua à disposição para buscar soluções que beneficiem tanto o clube quanto a população de Camboriú. O diálogo com a diretoria do Camboriú Futebol Clube deve ser claro e sincero, para que possamos seguir com um futuro promissor para o esporte local, mas sempre com a responsabilidade de garantir que os interesses de todos os cidadãos sejam preservados”, conclui a nota.

Tréplica

A nota da prefeitura deixou o presidente do Camboriú, Renato Cruz, indignado. Em vídeo publicado na noite desta segunda nas redes oficiais do clube, ele rebate as alegações do município, que classifica como “inverdades”. Ele afirma que as cores do clube não foram alteradas, apenas o escudo.

“Há muito tempo a gente recebe R$ 100 mil, em 10 parcelas de R$ 10 mil, que é usado na base, assim como várias associações recebem. Todo mês a gente faz a prestação de contas e recebe mais uma (parcela). É gasto muito mais que isso, quem mexe com esporte e futebol, sabe o quanto custa manter categorias de base de sub-11 até sub-20, que já disputou até a Copa São Paulo de Futebol Júnior”, justifica o presidente sobre os valores públicos.

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Renato frisa ainda que o Camboriú disputou a segunda divisão da Série B de 2024 no Robertão, indo até a semifinal da competição. Segundo ele, o uso do estádio das Nações, em Balneário Camboriú, durante a Série A de 2022 e 2023, se deveu ao fato de o campo de jogo em Camboriú não ter as medidas exigidas pela Federação Catarinense de Futebol para a disputa da elite estadual.

Sobre a SAF, ele confirma que investidores estão fazendo aportes no clube nos últimos anos. Segundo Renato, em 2021 o gasto do clube foi de R$ 1,5 milhão, em 2022 foi de R$ 2,39 milhões e em 2023 chegou a R$ 8,5 milhões, no ano em que a equipe disputou a Copa do Brasil e a Série D do Brasileiro.

“Quem paga essa conta, se não for investidores e pessoas interessadas ao futebol? Aqui não tem sacanagem. Ninguém nos chama pra conversar, estamos há algum tempo tentando falar com o prefeito municipal, mas ele não nos atende. O Camboriú merece respeito. O Camboriú não é uma secretaria de governo. O Camboriú não vai mudar diretor e presidente por capricho de ninguém. E muito menos tirar pessoas da base por capricho de autoridades ou de alguém que não gosta de alguém que faz parte do Camboriú”, rebate.

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