O promotor Luís Felipe de Oliveira Czesnat, do Ministério Público (MP) de Camboriú, abriu uma investigação chamada Notícia de Fato para apurar denúncia de suposto assédio sexual envolvendo o secretário de Administração de Camboriú. Ele teria pedido para a candidata a uma vaga em cargo comissionado "fazê-lo feliz" antes da contratação.

A mulher teria aceitado a proposta e está empregada. O secretário nega a acusação e promete tomar medidas contra o denunciante, já que sequer conheceria a suposta vítima. “É nítido que só pode ser uma perseguição política, porque é um terceiro fazendo acusações e sem qualquer prova”, disse ao DIARINHO o secretário Roberto Pereira de Faria.

A denúncia chegou ao MP em 31 de janeiro e ainda está em fase inicial. Segundo o documento, o secretário teria feito uma proposta de caráter sexual à candidata ao cargo na secretaria, afirmando que ela precisaria "fazê-lo feliz" para ser contratada. O secretário estaria supostamente pedindo favores sexuais em troca de acesso a um cargo público. “Ademais, uma amiga da vítima de assédio, que confirma a veracidade da situação, relata que também foi alvo de proposta semelhante, porém, conforme declarado, cedeu ao pedido do secretário e, atualmente, encontra-se empregada no município”, diz a denúncia ao MP.

Ainda conforme o documento, o secretário já teria sido exonerado do cargo de assistente social de Balneário Camboriú por conduta de assédio a servidoras municipais. “Há um áudio gravado da vítima, no qual ela relata o ocorrido, e este será encaminhado como complemento à denúncia, a fim de fornecer elementos adicionais para a apuração dos fatos”, diz ainda o documento.

O promotor determinou a intimação do secretário de Administração para prestar esclarecimentos. Como a denúncia foi feita por uma terceira pessoa ao MP, o promotor também pediu que a pessoa apresente o telefone da vítima e de sua amiga [testemunha].

Denunciação caluniosa, diz secretário

Ao DIARINHO, o secretário Roberto Pereira de Faria informou que seu advogado já está tomando providências, já que o denunciante não conhece a suposta vítima. “A denúncia é totalmente infundada. Importante destacar que quem fez essa denúncia é um terceiro que sequer indicou quem seriam as vítimas. Cabe dizer também que não há qualquer prova das alegações infundadas. Além disso, trabalho dentro da legalidade e com responsabilidade”, afirmou o secretário. “Estou à disposição da Justiça para esclarecer quaisquer dúvidas sobre as falsas alegações. Na verdade, trata-se de uma denunciação caluniosa, e o denunciante sofrerá as consequências na Justiça”, completou.