ECONOMIA
Rede portuguesa Vila Galé quer abrir três hotéis em Santa Catarina
Executivos da rede de luxo estudam unidades na praia, na serra e em Floripa
João Batista [editores@diarinho.com.br]
![Grupo projeta primeira unidade com R$ 120 milhões de investimento (Foto: Divulgação/Vila Galé)](/fotos/202502/700_67ab58b659b31.jpg)
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Executivos do grupo português de hotéis Vila Galé passaram três dias em Santa Catarina e estudam três projetos de negócios no estado. O grupo analisa abertura de hotéis na praia e na serra, além de um hotel corporativo, em Florianópolis. A primeira unidade terá R$ 120 milhões de investimento.
O grupo português já tem investido de forma pesada no Brasil. No Ceará, foram R$ 80 milhões na construção de um hotel com 120 apartamentos. Em Alagoas, outro hotel teve R$ 150 milhões em investimentos. Para Santa Catarina, a projeção é que o novo hotel da rede tenha de 120 a 150 apartamentos, com investimento de R$ 120 milhões e geração de 100 empregos diretos.
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O presidente do grupo Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida, destacou a ampliação da malha aérea internacional de Santa Catarina com voos diretos da TAP de Florianópolis para Portugal e da Copa Airlines para o Panamá, para o interesse do grupo em investimentos no estado.
“O primeiro impacto é muito positivo para fazermos não só um investimento, mas vários investimentos por aqui. Recolhemos elementos com o Turismo, o Ima e a InvestSC, que nos deram dados. Levamos na bagagem três projetos. Focamos em três pontos: um de praia, um serrano e um corporativo, e três planos B para os mesmos espaços”, explicou Rebelo.
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Os locais previstos para os empreendimentos não foram informados por questão estratégica do grupo. O empresário adiantou que, no caso de Floripa, o projeto é do Vila Galé Collection, uma unidade voltada para o uso corporativo. Com as opções em análise, o executivo deu prazo de três meses para bater o martelo e anunciar o primeiro investimento no estado.
“Nós somos rápidos. A decisão pode ser tomada em três meses, nós temos uma empresa própria, nós mesmos fazemos o projeto. Vamos estudar e em três meses teremos uma solução”, completou.
Durante a passagem pelo estado, os investidores foram recebidos pelo governador Jorginho Mello (PL). Eles também percorreram diversos locais acompanhados de uma comitiva do estado, formada pela secretária de Turismo, Catiane Seif, da presidente do Instituto do Meio Ambiente (Ima), Sheila Meireles, e pelo presidente da InvestSC, Renato Lacerda.
Grife do setor
A Vila Galé é uma grife do setor hoteleiro, com 45 empreendimentos, 32 deles em Portugal, 11 no Brasil, um em Cuba e outro na Espanha. Segundo maior grupo hoteleiro português, a rede tem quatro hotéis que serão inaugurados em 2025 e outros seis estão em construção. Em 2024, o grupo teve faturamento de R$ 682 milhões no Brasil, numa alta de 6% em relação ao ano anterior.
A secretária de Estado do Turismo, Catiane Seif, lembra que o interesse do grupo Vila Galé é fruto de um trabalho que vem desde o início do governo Jorginho. O estado tem atuado pra atrair empresas internacionais do setor de turismo e aumentar a movimentação turística.
“Primeiro nós trouxemos as rotas internacionais, os nossos turistas internacionais voltaram e agora a gente precisa trazer hotéis de grife pra melhorar o padrão de hotelaria. Nós já temos um bom padrão, mas muitas vezes o turista europeu, americano, internacional busca hotelaria de grife”, comenta.
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Para o presidente da InvestSC, Renato Lacerda, o trabalho também vai ter foco na busca de prédios que possam ser aproveitados no modelo retrofit, prevendo reforma e readequação do espaço para chegar ao padrão hoteleiro. Nas últimas semanas, foi feita uma seleção de imóveis que possam se encaixar nos perfis de hotéis do grupo português.
“Acabamos destinando um pouco de atenção a esse modelo do retrofit porque é um resultado mais rápido. E eles têm a possibilidade de pegar um hotel que já está em funcionamento ou uma edificação que não tenha ainda caraterística de hotel, mas que possa ser convertida”, explica.
A presidente do Ima, Sheila Meireles, acompanhou a visita dos empresários aos imóveis. O órgão já tirou dúvidas dos empresários sobre possíveis licenças ambientais e locais a serem explorados. A ideia é que os projetos ganhem agilidade na análise quando forem protocolados.