São Vicente
Mercado fazia charque com carne estragada
Vigilância apreendeu três toneladas de carne; açougue afirma que produto iria pro lixo
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]






Uma denúncia levou a Vigilância Sanitária de Itajaí a apreender, na manhã desta sexta-feira, quase três toneladas de carne estragada. O flagra foi na avenida Campos Novos, no bairro São Vicente. Os produtos estavam num contêiner em um terreno próximo do açougue.
Apesar de a carne estar deteriorada, ela era usada para fazer charque, que era vendido no açougue, segundo detalhou a vigilância. “Através de uma denúncia, viemos no local e achamos um contêiner com carne estragada. O açougue fazia o charque com a carne estragada para vender no comércio ao lado”, relatou Silvio Schaadt, diretor da vigilância sanitária de Itajaí.
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O estabelecimento foi lacrado e permanecerá fechado até que o proprietário regularize a situação e comprove a origem dos produtos com nota fiscal. A carne será descartada. “As três toneladas de carne serão descartadas no aterro sanitário e, como penalidade, o açougue responsável pela comercialização da carne imprópria para o consumo foi fechado”, completou Silvio Schaadt.
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O valor da multa ainda não foi informado. O estabelecimento, que está em funcionamento há menos de três meses, fica na avenida Campos Novos, 811, no bairro São Vicente, numa sala alugada. O contêiner onde a carne foi encontrada estava em um terreno próximo, ao lado da igreja Assembleia de Deus.
Denúncias para a Vigilância Sanitária podem ser feitas pelo número (47) 3908-5046, pelo e-mail visa@itajai.sc.gov.br ou pela Ouvidoria do município pelo telefone 0800 646-4040.
Açougue afirma que carne ia pro lixo
O açougue Novilha Real divulgou nota de explicação em suas redes sociais, negando que a carne apreendida pela vigilância sanitária fosse destinada à produção de charque ou ao consumo humano.
O estabelecimento alegou que os produtos estavam armazenados em um contêiner refrigerado para descarte, conforme as normas sanitárias.
“Diante das informações que circulam, esclarecemos que a carne armazenada no contêiner citado pela fiscalização estava destinada ao descarte e, conforme as normas sanitárias, deve ser armazenada sob refrigeração até sua remoção. As afirmações de que essa carne seria comercializada são incorretas e já estão sendo analisadas pelo nosso jurídico”, informou o açougue em nota.