O 13º Festival da Canção de Balneário Camboriú foi palco de uma celebração intensa de música autoral. Entre os destaques, o itajaiense Rizzih brilhou ao conquistar o 2º lugar na competição, além de levar os prêmios de Melhor Letra e Melhor Artista Solo.
A canção, finalista do prêmio de Melhor Letra, “Zarabatana” tocou fundo na plateia e nos jurados. A crítica social é uma das marcas da obra.
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A canção, finalista do prêmio de Melhor Letra, “Zarabatana” tocou fundo na plateia e nos jurados. A crítica social é uma das marcas da obra.
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“Nós estamos fazendo história em Santa Catarina, mais uma vez, eu preciso me permitir reconhecer isso. Quando submeti as duas canções pra esse ano, mandei duas justamente porque achava que Zarabatana não ia passar. É dedo na ferida demais. Mas passou. Venceu. Recado dado. Sigo vivo, rindo na cara do perigo”, declarou o artista em suas redes sociais.
O Festival da Canção bateu um recorde de inscrições neste ano. São 177 composições, das quais 158 foram consideradas válidas. Esse foi o maior número já registrado na história do evento.
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Confira os vencedores do festival:
1ª Filhos de Nero – Matias Ardanz
2ª Zarabatana – Rizzih
3ª A mentira bem contada – Barba Rala
Melhor Artista Solo – Rizzih
Artista Revelação – DAPPER
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Melhor Instrumentista – Eliezer Vieira (Canção Duas Mãos)
Melhor Letra – Zarabatana
Melhor Arranjo – Filhos de Nero
Melhor Intérprete – Nicole Ruju
Banda Revelação – Barba Rala
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Veja a letra premiada:
Zarabatana
Letra e música: Rizzih
Fala direito menino
Anda direito menino
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Engrossa a voz estufa o peito
Cruza a perna direito
O que há de errado contigo?
Trejeitos tão femininos
Olhar silvestre ferino
Na prole o filho com defeito
Leite azedo no peito
Piada vil do destino
Filho do Brasil
Num terreno baldio
Acharam o corpo de um menino
Apedrejado pelo ódio
Mal nascido mal criado
O menino desviado
Morreu porque pediu
A morte que o pariu
Que apagou da chama o lume
Defendia o amor de Deus
A moral e os bons costumes
Pervertido, depravado
Na família sempre um fardo
Anti-anjo alado
Vou desviando
Da zarabatana da morte
Pele de camaleão
Eu escrevo minha sorte
Por um fio, filho do Brasil
Sigo vivo
Rindo na cara do perigo