O empresário Rafael Aragão Gonzalez, de 49 anos, que morreu atropelado por uma lancha em outubro, será homenageado neste domingo, em Balneário Camboriú. O evento contará com a participação de nadadores, surfistas e canoístas, que irão simular um abraço coletivo na Ilha das Cabras, local do acidente.
A homenagem está prevista para iniciar às 7h30. O grupo se reunirá na Praia Central, em frente ao McDonald’s ou ao posto de salva-vidas 4. De lá, os participantes nadarão até a ilha. Alunos ...
A homenagem está prevista para iniciar às 7h30. O grupo se reunirá na Praia Central, em frente ao McDonald’s ou ao posto de salva-vidas 4. De lá, os participantes nadarão até a ilha. Alunos de natação do professor Juliano Laghi Pagnoncelli, da Fundação Municipal de Esportes de Balneário Camboriú (FMEBC), também confirmaram presença.
Advogado critica acusações contra as vítimas
O advogado e triatleta Marcelo Araújo, amigo de Rafael, criticou os comentários que responsabilizam as vítimas pelo acidente. “Esses comentários jogando a culpa para a vítima estão sendo muito revoltantes”, criticou.
Marcelo relatou que, no dia do acidente, recebeu várias ligações de amigos preocupados, achando que ele poderia estar entre as vítimas. “Faço triathlon e nado bastante ali no local onde foi o acidente”, explicou. Ele ressaltou que Rafael e o amigo ferido não estavam fora da área permitida.
Segundo Marcelo, qualquer pessoa tem o direito de nadar contornando a Ilha das Cabras ou indo além, e as regras de distância se aplicam apenas às embarcações. Ele também questionou a forma de medição dos 200 metros que as embarcações devem manter em relação à faixa de areia. Para ele, essa distância deveria ser respeitada em todo o entorno da ilha.
“É muito comum pessoas nadando naquela região. Inclusive, há competições que incluem nadar ao redor da ilha”, destacou Marcelo, acrescentando que a distância de aproximadamente 560 metros entre a praia e a ilha é pequena para nadadores habituados ao esporte.
“Falta sinalização e fiscalização”
Um dia antes do acidente, Marcelo tomou um susto enquanto praticava caiaque na região. “O Barco Pirata passou perto da ilha e quase me atingiu”, relatou.
O advogado defende a proibição da circulação de embarcações no trecho entre a praia e a Ilha das Cabras, apontando a ausência de boias de sinalização como um problema grave na Praia Central.