Bens da Bonato Couros, tradicional empresa catarinense da família Bonato, uma das fundadoras do grupo Perdigão, vão a leilão nesta quarta-feira, conforme determinação da Justiça de Santa Catarina. O valor dos bens, entre a sede da indústria, em Joaçaba, galpões, equipamentos e veículos, passa de R$ 72 milhões.
O dinheiro da venda deve pagar dívidas de R$ 63 milhões da empresa, que teve a falência decretada em maio, após mais de 80 anos de história. A venda online é organizada pela Positivo Leilões ...
 
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O dinheiro da venda deve pagar dívidas de R$ 63 milhões da empresa, que teve a falência decretada em maio, após mais de 80 anos de história. A venda online é organizada pela Positivo Leilões, com ao menos nove empresas habilitadas na disputa. O leilão abrange bens separados em 11 lotes, cada um a ser leiloado individualmente.
No pacote estão o prédio da indústria, um edifício administrativo, galpões, uma estação de tratamento de resíduos, equipamentos industriais e veículos. Também serão leiloadas duas propriedades em Erval Velho e Blumenau. Informações detalhadas sobre cada lote e valores estão no site do leiloeiro em www.positivoleiloes.com.br. Para participar da disputa é preciso se cadastrar.
Do auge à falência
Fundada em 1943 por Lauro Bonato, a Bonato Couros se consolidou como uma das maiores empresas do ramo coureiro no Brasil e no mundo, exportando seus produtos para diversos países. A companhia fazia parte dos vários negócios da família Bonato, uma das fundadoras da Perdigão e que tinha participação em outros empreendimentos no estado.
A queda começou a partir dos anos 2000, quando a empresa entrou numa crise financeira. Em 2017, numa tentativa de evitar a falência, a Bonato pediu recuperação judicial pra pagar as dívidas e se reerguer. O processo se arrastou por sete anos e terminou sem sucesso, com a falência sendo decretada neste ano.
A decisão selou o destino da companhia que teve importância histórica na economia de Joaçaba e região. A empresa está sob controle da administradora judicial Daniela Fabro. De acordo com ela, a venda dos bens vai minimizar os prejuízos e possibilitar o pagamento de parte das dívidas com os credores, entre bancos, fornecedores e empregados.