SEGURANÇA

SC ignora programa federal para a compra de câmeras corporais pra PM

Na primeira fase de edital de R$ 100 milhões do Ministério da Justiça, 16 estados demonstraram interesse

 SC tinha projeto pioneiro que foi encerrado em setembro por falta de dinheiro, segundo o estado 
(Foto: Arquivo/Divulgação PMSC)
SC tinha projeto pioneiro que foi encerrado em setembro por falta de dinheiro, segundo o estado (Foto: Arquivo/Divulgação PMSC)

Após acabar com o projeto de câmeras corporais da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) por falta de dinheiro, o governo estadual não aderiu ao programa federal com R$ 100 milhões pra compra dos aparelhos para as fardas dos policiais. Nesta primeira fase do edital, 16 estados manifestaram interesse em receber os recursos.

A adesão ao programa não é obrigatória. Até o momento, o estado não respondeu se ainda deve se inscrever. O governo federal, por meio do Ministério da Justiça, prevê investimentos para a compra de 35 mil câmeras corporais. Os equipamentos devem ser destinados preferencialmente pra Polícia Militar. Outros dois mil aparelhos serão pra Força Nacional de Segurança.

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Para receber os recursos do programa, os estados devem seguir uma série de regras, entre elas o funcionamento contínuo das câmeras e gravação obrigatória de ocorrências e ações listadas em norma do ministério. Os estados que serão atendidos são: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Alagoas, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Piauí, Sergipe, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Paraná.

Mesmo antes do programa federal, alguns estados já tinham recebido recursos da União para comprar câmeras corporais, entre São Paulo e Santa Catarina. A PM catarinense foi a primeira do Brasil a adotar o modelo, em projeto implantado em 2019, em parceria com o Tribunal de Justiça (TJSC). Em setembro, a corporação decidiu encerrar o projeto, prometendo estudo e busca de financiamento pra um novo modelo.

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O programa no estado foi financiado com repasse do Poder Judiciário. O TJ havia destinado R$ 6,2 milhões para as câmeras, dos quais só a metade foi usada pela PM. O dinheiro bancou a compra de 2425 câmeras corporais, 190 estações de recepção e pontos para automatizar o acionamento da gravação das câmeras.

Além do programa do Ministério da Justiça para as PMs, no Brasil a Polícia Federal também estuda adotar as câmeras corporais, com foco em tecnologia para o armazenamento de imagens. No mesmo caminho está a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que já iniciou testes de uso dos equipamentos nas ações nas rodovias.

Estudos comprovam que uso dos aparelhos ajuda a reduzir violência

O Ministério da Justiça e Segurança Pública defende a adoção de câmeras corporais pela Polícia Militar. Conforme o secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, o uso dos equipamentos diminui mortes dos agentes em ações policiais, reduz a violência, aumenta a transparência e dá maior segurança para os cidadãos, além de produzir provas para as investigações.

“Nós estamos buscando uma segurança pública democrática, que respeite os direitos humanos, mas que seja das forças policiais e da população como um todo”, destacou. Estudo do ministério, em parceria com o pesquisador Pedro Souza, comprovou que nos países em que a tecnologia foi adotada, houve queda nas mortes em operações policiais, redução da interação negativa nas abordagens e maior eficiência com o cumprimento dos protocolos policiais.

Outra situação apontada a partir do uso de câmeras foi a qualificação no atendimento de ocorrências de violência doméstica, com a maior chance de obtenção de provas, reduzindo índices de crimes de gênero, como o feminicídio. Além disso, nos países estudados pela pesquisa, houve menos reclamações em relação aos serviços de segurança pública.




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