A mãe de um menino de sete anos, aluno da rede municipal de Ilhota, procurou o DIARINHO para relatar as seguidas agressões que seu filho estaria sofrendo de alunos mais velhos desde o início deste ano letivo.
K.V.H.M. alega que a escola não conta com monitores, permitindo que as agressões ocorram repetidamente. Entre os incidentes, o garoto sofreu um corte no rosto que precisou de pontos e ...
K.V.H.M. alega que a escola não conta com monitores, permitindo que as agressões ocorram repetidamente. Entre os incidentes, o garoto sofreu um corte no rosto que precisou de pontos e hematomas no rosto e no corpo. “Meu filho chegou da escola com o olho roxo. Ele levou um soco na hora da entrada, às 13h30, passou o dia com o olho machucado e ninguém, nem a professora, diretora ou cuidadores, ‘viu’ o ferimento?”, desabafa a mãe.
Ela acusa a direção da escola e a secretaria de Educação de negligência. Segundo a mãe, a instituição não toma providências adequadas. Ela também relata que a escola se recusou a mostrar as imagens das câmeras de segurança e chegou a chamar a Polícia Militar quando ela se exaltou ao cobrar explicações.
K.V.H.M. procurou o Conselho Tutelar em busca de ajuda, mas alega que também não teve uma solução. Ela também fez uma denúncia ao Ministério Público, que foi registrada como “Notícia de Fato”. No entanto, o caso foi arquivado nesta semana, após a investigação preliminar não confirmar a denúncia.
A secretária de Educação de Ilhota, Andrea Cordeiro, informou que houve duas situações para relatar problemas envolvendo o aluno. A primeira foi quando o garoto se machucou no parque, sendo atendido pela diretora adjunta, que o levou ao posto de saúde.
Na segunda, em julho, a mãe denunciou que o filho teria sido agredido por alunos mais velhos. “Verificamos todas as câmeras da escola, que conta com 32 equipamentos, e não encontramos imagens que mostrassem agressões. A escola é totalmente monitorada. Além disso, as professoras também não relataram nada”, explicou a secretária.
No dia em que a mãe foi até a escola para questionar a situação, bastante alterada, a Polícia Militar precisou ser chamada para contê-la. A escola afirmou que não flagrou nenhuma agressão, mas conversou com o menino, que alegou ter apanhado de um colega da mesma idade, da sua própria sala, uma única vez. “Ele não estava com nenhum hematoma. Verificamos todas as câmeras e não encontramos nada”, concluiu Andrea Cordeiro.