A conta de luz fica mais cara a partir desta quinta-feira em Santa Catarina, após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovar, na terça-feira, o reajuste anual da Celesc. Para os clientes da rede de baixa tensão, entre casas, pequenos comércios e consumidores rurais, a alta é de 4,19%. Para indústrias e grandes empresas, o reajuste foi de 0,75%.
A Celesc explica que as tarifas ficaram num patamar controlado e abaixo dos índices de inflação, de 4,5% no período, garantindo um menor impacto aos consumidores e mantendo a competitividade na indústria ...
A Celesc explica que as tarifas ficaram num patamar controlado e abaixo dos índices de inflação, de 4,5% no período, garantindo um menor impacto aos consumidores e mantendo a competitividade na indústria. “A tendência é que a tarifa da Celesc continue figurando entre as menores para as empresas com mais de 500 mil unidades consumidoras à medida que as demais distribuidoras comecem a anunciar seus reajustes”, informa.
Para os consumidores residenciais, a companhia defende que a notícia também é positiva. Segundo a Celesc, nos últimos anos o reajuste da tarifa residencial, que representa 80% dos clientes, permanece abaixo dos dois principais índices de inflação: IPCA e IGP-M. A diretora de Gestão de Energia e Regulação da Celesc, Pilar Sabino, diz que o valor pago na conta de luz não fica integralmente com a empresa.
“A maior parte desse recurso nós apenas repassamos, como os custos para a compra de energia, despesas de transmissão, encargos setoriais e os tributos, por exemplo. Na prática, a cada R$ 100 pagos pelo cliente, apenas R$ 16,40 fica com a Companhia”, esclarece. Para o setor produtivo, o presidente da Celesc, Tarcísio Estefano Rosa, destaca que as tarifas também continuam baixas.
“Esse cenário favorável contribui para a redução de custos das empresas, atrai investimentos e fortalece o desenvolvimento econômico da região, beneficiando toda a cadeia produtiva do estado de Santa Catarina”, comentou. As novas tarifas começam a valer na quinta-feira, dia 22, na área de concessão da empresa, cobrindo 3,38 milhões de consumidores.
Entre os itens que mais impactaram no reajuste aprovado pela Aneel estão os custos com a compra de energia (0,78%), distribuição (0,55%) e os componentes financeiros do período anterior (6,66%). O valor pra distribuição de energia é o que a Celesc recebe para pagar as equipes, manter e operar o sistema elétrico e fazer investimentos nas redes, subestações e linhas.
Indústria beneficiada
Para os consumidores do grupo A, da rede de alta tensão, formado pelas indústrias e grandes empresas, o reajuste ficou abaixo da média pelo segundo ano consecutivo. Em 2023, houve uma redução tarifária de 0,81% e, em 2024, apenas 1,18% de reajuste. Segundo a Fiesc, o fato decorre da maior exposição das empresas aos encargos setoriais e ao transporte de energia, itens que tiveram redução.
Para a Celesc, uma tarifa industrial menor permite a redução dos custos das empresas e o aumento da competitividade, estimula novos investimentos e promove o desenvolvimento econômico, ampliando o poder de consumo e a economia do estado, além de gerar empregos.
“Ao promover um ambiente favorável para o desenvolvimento industrial, geramos mais empregos, ampliamos o poder de consumo e fortalecemos a economia do nosso estado”, ressaltou o presidente da Celesc, Tarcísio Rosa.
Reajustes aprovados:
Baixa tensão: 4,19%
Classes B1, B2, B3 e B4
(Residências, consumidores rurais, comércios e pequenas empresas, serviços públicos e iluminação pública)
Alta tensão: 0,75%
Classes A1, A2, A3 e A4
(Indústrias e grandes empresas)