Um dossiê que passou a circular esta semana coloca em xeque a pré-candidatura de Alexandre dos Santos, ex-secretário de Saúde e pré-candidato a prefeito de Itapema pelo União Brasil. O documento alega que o genro da prefeita Nilza Simas mantém há anos união estável com Isadora Simas, filha de Nilza, e estaria impedido pela Constituição Federal de concorrer ao cargo de prefeito nesta eleição municipal.
Durante toda a sexta-feira circulou a informação de que Alexandre teria desistido da eleição, após a circulação do dossiê. Temendo um processo que pudesse resultar na cassação do registro ...
Durante toda a sexta-feira circulou a informação de que Alexandre teria desistido da eleição, após a circulação do dossiê. Temendo um processo que pudesse resultar na cassação do registro de candidatura e na inelegibilidade tanto de Alexandre quanto da prefeita, o União Brasil de Itapema teria optado por retirar a candidatura.
No entanto, na noite desta sexta-feira o deputado federal e presidente estadual do UB, Fábio Schiochet, afirmou que o genro da prefeita continua pré-candidato a prefeito pela sigla. “O doutor Alexandre segue como nosso pré-candidato a prefeito de Itapema. Esse é o posicionamento da executiva estadual até hoje, sexta-feira, às 20h10”, declarou Fábio Schiochet em áudio enviado ao DIARINHO.
Alexandre, que foi secretário de Saúde de Itapema por cinco anos, não respondeu aos questionamentos até o fechamento dessa edição. Em entrevista anterior a outros veículos, ele afirmou não haver impedimento legal, alegando não ser casado com Isadora, mas apenas namorado. No entanto, o dossiê intitulado “Parecer Jurídico”, com 44 páginas, traz informações sobre a união estável.
O documento inclui prints de conversas, fotos do casal e informações sobre o relacionamento, que começou em setembro de 2014. Entre as provas, está a publicação de Nilza no Dia da Avó, em 28 de julho de 2022, onde menciona a "netinha", uma cadela que pertence ao casal.
Tanto a prefeita Nilza, como o presidente municipal do UB, Patrick Simas, não responderam ao DIARINHO. Nos bastidores, especula-se que a prefeita poderá apoiar o ex-vereador Osmari (PSD), mas não há confirmação.
É ilegal mesmo
O advogado Diego Eduardo Bernardi, especialista em Direito Eleitoral, confirma que há uma vedação constitucional para sucessão de sogra para genro, mesmo em caso de união estável. A Constituição torna inelegível o cônjuge e parentes até segundo grau de prefeitos, impedindo a candidatura de Alexandre.