A Polícia Federal cumpriu na quarta-feira ordens de busca e apreensão e 193 ordens judiciais de sequestro de bens em investigação que combate o crime de fraude bancária praticado pela internet. Cerca de R$ 2 milhões foram furtados da conta bancária de prefeituras junto à Caixa Econômica Federal.
As ordens judiciais foram cumpridas contra pessoas suspeitas de serem os líderes do esquema. O mandado de busca e apreensão em Itajaí foi cumprido no bairro Praia Brava, contra um paulista ...
As ordens judiciais foram cumpridas contra pessoas suspeitas de serem os líderes do esquema. O mandado de busca e apreensão em Itajaí foi cumprido no bairro Praia Brava, contra um paulista que residia na cidade há cerca de quatro anos.
Na casa houve a apreensão de telefones celulares, notebook, eletrônicos, documentos, cheques e cartões bancários de diversos bancos. Também foram apreendidas joias, carregadores de arma, 150 munições de arma de fogo, um Ford Edge e R$ 5500,00 em dinheiro. Além de ter ocorrido o bloqueio judicial de três veículos de luxo: Mercedes Benz; Land Rover Evoque Pure P5D e Porsche Macan.
As investigações revelaram que, por meio da invasão de contas bancárias, foram feitas centenas de operações de transferência e pagamentos de boletos. O valor furtado foi repassado, de forma fracionada, para cerca de 200 contas de pessoas físicas.
A maioria foi usada apenas como laranja para a passagem da grana. Além dos envolvidos no grupo de Itajaí e Montes Claros (MG), também existem participantes do esquema nos estados da Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Pará, Paraná, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
Entenda o caso
Em 2020, a página da internet da Caixa, disponibilizada para movimentações bancárias de prefeituras municipais sofreu um ataque cibernético. As investigações começaram após denúncia de que 150 contas bancárias de titularidade de 40 prefeituras de diversas regiões do país tinham sido invadidas. Somente na região do Norte de Minas Gerais, duas prefeituras tiveram cerca de R$ 2 milhões furtados das contas invadidas. A Caixa ressarciu as prefeituras e a PF iniciou as investigações. Os envolvidos foram indiciados pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro.