Continua depois da publicidade

A secretaria de Obras recolheu o busto que foi levado ao Museu Histórico e ainda não há previsão de quando ele será reinstalado.

A secretaria de Obras recolheu o busto que foi levado ao Museu Histórico e ainda não há previsão de quando ele será reinstalado.

O caso está sendo investigado. As magens das câmeras de monitoramento vão ajudar nas investigações. A princípio a tentativa de furto teria ocorrido na madrugada desta segunda-feira.

O historiador Edison D´Ávila se disse chocado com o ato de vandalismo contra o monumento que está na praça desde 12 de junho de 1935. “Um prejuízo para o monumento, um desrespeito à figura impar do itajaiense, catarinense e brasileiro que foi Lauro Müller. Primeiro governador republicano de Santa Catarina, deputado constituinte, que ajudou a escrever a primeira Constituição do Brasil de 1891, senador da República e Ministro da Aviação e Obras. Na gestão dele começou a obra fos molhes que deram segurança para a entrada dos navios no porto de Itajaí. Ministro das Relações Exteriores, ele substituiu o grande Barão de Rio Branco quando ele faleceu. O que mostra a competência e a respeitabilidade que Lauro Müller tinha no governo federal. Esse monumento foi concebido pelo prefeito municipal de Itajaí, Marcos Konder”, informou o historiador.

Olho no bronze

O busto foi obra do artista Antônio Pinto de Mattos e custou, na época, 20 contos de réis. O busto foi produzido em bronze e tem quatro placas laterais identificando as principais ações de Lauro Müller como governador, senador e ministro da República. Esse foi o primeiro monumento implantado em praça público em Itajaí.

“É preciso mostrar isso à comunidade para que ela entenda o agravo, a desonra, a desconsideração que esse ato significa. Imagino que ele não tenha sido propositado por questões ideológicas ou partidárias, mas que tenha sido depredação de vândalos, de outras pessoas sem qualificação, que buscam simplesmente o material de valor, que é o bronze, para quem sabe depredado, quebrado o busto, vender a esses atravessadores que têm causado prejuízos enormes à comunidade, roubando fiação de cobre, roubando placas de bronze...”, concluiu.