Gritando “Lula ladrão seu lugar é na prisão”, “lixo” e “fora”, os manifestantes intimidaram a repórter que precisou ser escoltada pelos seguranças do evento até um local seguro e, posteriormente, teve a segurança da Polícia Militar na parte externa do Expocentro.

A CNN Brasil lamentou o ocorrido através de uma nota ofcial: “Durante o evento da CPAC, em Santa Catarina, a repórter Isadora Aires, da CNN, foi hostilizada por manifestantes durante o exercício de sua atividade profissional e teve de ser retirada do local e levada para um ambiente seguro. Isadora Aires é uma profissional séria e vem reportando os acontecimentos do evento há dois dias de forma correta e equilibrada. Ela recebeu todo o apoio da direção da empresa. A CNN Brasil considera esse tipo de atitude uma ameaça à democracia e à liberdade de expressão e não se intimidará em realizar sua cobertura, apartidária e sem viés ideológico”.

A organização da CPAC, liderada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), também se manifestou: “Repudiamos veementemente toda e qualquer forma de agressão aos profissionais de imprensa. O CPAC é um espaço democrático e tem como princípio a garantia da liberdade de expressão a todos”.

Acaert não vai se manifestar

O DIARINHO fez contato com a Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert) para saber se a entidade iria se posicionar sobre a agressão sofrida pela repórter da emissora CNN. No entanto, apesar de lamentar o episódio, a Acaert informou que não emitirá nota oficial. A Acaert alega que representa apenas as emissoras de SC.   

Na semana passada, a Acaert  publicou uma nota de repúdio após o radialista Wilson Lima, da Band FM de Itajaí, denunciar o que chamou de ameaças do procurador-geral do município, Gaspar Laus, dentro da prefeitura de Itajaí.

A denúncia de Wilson foi feita na quarta à noite, e na quinta-feira pela manhã Fábio Bigolin, presidente da Acaert, se posicionou nas redes sociais e no site da entidade sobre a importância da liberdade de expressão.