Loja on line
Yeesco terá que pagar R$ 80 mil por danos a consumidores
Ministério Público determinou prazo para gigante do e-commerce se adequar
Estagiária Ana Júlia Kamchen - sob supervisão da jornalista Fran Marcon [editores@diarinho.com.br]
A gigante do e-commerce de moda Yeesco, de Brusque, terá que pagar uma indenização de R$ 80 mil por danos morais ao Fundo para Reconstituição de Bens Lesados do Estado de Santa Catarina (FRBL) e para o Procon de Brusque. O valor foi determinado após a empresa fazer um acordo com o Ministério Público de Santa Catarina para cumprir os prazos de entrega acordados em seu site e melhorar o atendimento ao consumidor.
As melhorias devem ser comprovadas ao MP em até 210 dias. Se não cumprir as obrigações, a loja será multada em R$ 500 por cada falta. Serão 16 parcelas de R$ 5 mil, com o primeiro vencimento em 30 dias. As primeiras oito parcelas serão destinadas ao Procon, e as oito demais serão destinadas ao FRBL.
A medida foi determinada levando em consideração as reclamações de mais de 70 consumidores de todo o país. A empresa acumulou mais de 62 mil queixas no site Reclame Aqui nos últimos 12 meses. As reclamações são, em sua maioria, referentes ao atraso nas entregas das compras ou de compras que nunca chegaram aos consumidores.
O Procon de Brusque chegou a proibir a Yeesco de vender através do site até o final do mês de abril, mas a determinação não foi cumprida. A empresa tentou contestar a proibição na justiça duas vezes, mas não teve sucesso. O MP e o Procon, então, se juntaram para resolver a questão e propuseram o acordo. Agora, a empresa está autorizada a vender pela internet, mas deve seguir todas as exigências determinadas.
A empresa se comprometeu a possibilitar aos clientes a escolha entre aguardar o recebimento do produto comprado ou devolução do dinheiro em no máximo 30 dias, caso as entregas atrasem mais de 10 dias. A promessa é que os canais de atendimento também sejam melhorados, com mais funcionários para o SAC e mais formas de relacionamento com o cliente.
Os 70 reclamantes que denunciaram os casos ao Ministério Público devem finalmente receber seus produtos, ou o dinheiro de volta.
Para a diretora do Procon de Brusque, Raquel Shoening, todas as partes saíram vencedoras com o acordo. “Quem ganha é, principalmente, o consumidor em todo o Brasil, [...] Mas a empresa também venceu, pois vai precisar evoluir em alguns aspectos e isso pode gerar um grande crescimento do seu próprio negócio”, disse.