Adiretora e uma especialista em educação da creche municipal Mara Lúcia de Souza de Melo, no centro de Penha, foram agredidas por uma mãe na manhã desta sexta-feira. Além da agressão física, a mãe teria feito ameaças às servidoras.

Segundo o relato dos funcionários, a criança chegou atrasada todos os dias desta semana. O procedimento, assim que os portões fecham, é receber os alunos atrasados na porta.  “Mandou a diretora para aquele lugar, chega atrasada todos os dias e a gente fecha o portão depois de um determinado horário por segurança”, narrou uma funcionária.

Os pais que chegam atrasados entregam a mochila e a criança para os servidores que vão recepcioná-los na porta. “Pegamos as crianças no portão e ela não quis deixar, começou a jogar o carrinho da criança em cima e ainda surtou oferecendo perigo para todos do CEI”, acusou a servidora.

A mãe forçou a entrada empurrando o carrinho com a criança dentro e as servidoras passaram a ligar para a Polícia Militar. Ela ainda empurrou a diretora e agrediu a especialista em educação com um tapa no rosto.

Enquanto a servidora ligava para a PM, a criança aparece no vídeo chorando desesperadamente. Exaltada, a mãe ameaçou bater novamente na funcionária e ainda deu tapas na mão da especialista.

Totalmente fora de si, a mãe pegou a criança no colo e tentou novamente entrar na creche, sendo novamente impedida pelas servidoras. Neste momento, ela chegou a dar chutes na trabalhadora. A mãe se agarrou na porta tentando forçar a entrada e empurrando.

A Polícia Militar esteve na creche, mas não chegou a clevar a mãe para a delegacia. Os policiais fizeram a mulher assinar um termo circunstanciado por desacato e lesão corporal leve. Ela deverá se apresentar no fórum para uma audiência em que será proposta transação penal.

Atendimento médico

Machucada, a servidora foi encaminhada ao pronto-atendimento de Penha. Em nota, a secretaria de Educação informou que apura mais informações sobre o caso e garante que todas as medidas cabíveis serão tomadas.  “A diretora e a especialista do CEI que foram agredidas estão recebendo acompanhamento médico, jurídico e todo o suporte necessário”, explicou a pasta.