Confirmado
Seara Alimentos vai tocar o Porto de Itajaí
Empresa do grupo JBS comprou a Mada Araújo e aguarda aval da Anatq para iniciar operações nos berços públicos
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
O superintendente do Porto de Itajaí Fábio da Veiga e o deputado federal Carlos Chiodini (MDB), em reunião com o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho e a Frente Parlamentar Catarinense, confirmaram que a Seara Alimentos, multinacional da JBS, comprou a Mada Araújo, arrendatária transitória do Porto de Itajaí. A empresa assumirá a operação de contêineres no terminal peixeiro que está paralisado há quase dois anos.
A reunião aconteceu em Brasília na quarta-feira. A expectativa é que sejam movimentados 44 mil TEUs (unidade de contêiner equivalente a 20 pés) por mês, a partir do segundo semestre nos ...
 
Já possui cadastro? Faça seu login aqui.
OU
Quer continuar lendo essa e outras notícias na faixa?
Faça seu cadastro agora mesmo e tenha acesso a
10 notícias gratuitas por mês.
![logo](img/logo_diarinho.png)
Bora ler todas as notícias e ainda compartilhar
as melhores matérias com sua família e amigos?
A reunião aconteceu em Brasília na quarta-feira. A expectativa é que sejam movimentados 44 mil TEUs (unidade de contêiner equivalente a 20 pés) por mês, a partir do segundo semestre nos berços públicos 1 e 2.
A empresa Mada Araújo, que venceu o edital de arrendamento transitório do terminal no ano passado, confirmou ao Ministério a transferência das operações. As negociações entre as empresas iniciaram há cerca de dois meses. Os valores da venda não foram revelados, mas a documentação já foi enviada à Agência Nacional de Transportes Aquaviários. O contrato também será enviado para análise do Tribunal de Contas da União.
“A Seara Alimentos, do grupo JBS, comprou a Mada Araújo. Eu estimulei o grupo que veio nos visitar, informando que existia essa possibilidade. Enquanto todo mundo estava criticando, passando o dia gravando vídeos para as redes sociais, nós do porto estávamos trabalhando com muita parcimônia e sigilo até que fosse concretizada a negociação. Já foi feito o pedido à Antaq, através do diretor Caio Farias, para a parte burocrática. O valor da negociação não foi revelado”, disse Fábio da Veiga ao DIARINHO.
O superintendente não vê empecilhos para a negociação ter o aval da Antaq, pois entende que o contrato de arrendamento provisório não faz restrições a essa questão. “A Antaq, que já tinha qualificado a Mada, agora vai verificar a qualificação do novo sócio da empresa, o Grupo Seara. Convenhamos que se a Mada passou pela qualificação, o grupo Seara/JBS também não vai deixar de passar”, acredita.
O superintendente do Porto explica que a Seara Alimentos não irá operar apenas cargas próprias do grupo. “A ampliação do trabalho da Seara em Itajaí, passando a operar em berços públicos 1 e 2, será benéfica para todos. A empresa tem renome internacional e pertence a uma multinacional de origem brasileira, presente em mais de 20 países, sendo a maior movimentadora de cargas da indústria de alimentos do mundo”, defende Fábio.
O prefeito Volnei Morastoni comentou a negociação. “Esse anúncio do ministro dos Portos e Aeroportos é muito importante para Itajaí, pois sinaliza que está próxima a retomada das operações com cargas de contêiner, destaca.
O deputado federal Carlos Chiodini, que participou das intermediações, acredita que a retomada plena do porto será benéfica para toda a economia catarinense. “A empresa que assumirá as operações tem carga própria e relacionamento com outros players do mercado para trazer novas linhas. Esperamos que logo o porto volte a operar da forma que ele sempre operou, com grande movimentação e contribuição à economia catarinense. Vamos continuar acompanhando o processo, pois existem novas etapas burocráticas a serem vencidas na regularização do terminal, que ficou sem operar”, finaliza Chiodini.
Governo federal libera R$ 50 milhões para dragagem
A deputada federal e vice-líder do governo Luiz Inácio Lula da Silva na Câmara de Deputados, Ana Paula Lima (PT), também esteve na reunião com o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, na quarta-feira, para definir investimentos federais. Na presença do superintendente do Porto, o ministro se comprometeu em liberar R$ 50 milhões para a dragagem do canal de acesso. O encontro foi coordenado pelo Fórum Parlamentar Catarinense.
O ministério anunciou a liberação de R$ 50 milhões, sendo R$ 25 milhões imediatamente e mais R$ 25 milhões após o início da obra. O investimento busca garantir a infraestrutura portuária.
A Frente Parlamentar também cobrou a definição sobre o contrato de concessão definitivo do porto. A concessão, com duração de 25 a 30 anos, deve ser concluída até o primeiro semestre de 2025, garantiu o ministro.
O contrato incluirá a responsabilidade pela dragagem, essencial para aumentar o calado e permitir a entrada de navios maiores. “A reunião representa um passo significativo para o fortalecimento do porto, que é vital para a economia da região. Continuaremos acompanhando de perto todos os desdobramentos e trabalhando em prol do desenvolvimento do nosso estado”, destacou a deputada.
Economia de SC cresceu 5,1% e supera a média do Brasil
![Recorde de exportações, queda nos juros e consumo das famílias impactaram resultado (foto: João Batista)](../fotos/202405/800_6646968a8b016.jpg)
A atividade econômica catarinense cresceu 5,1% em fevereiro deste ano comparado ao mesmo mês de 2023. O percentual está acima da média brasileira, de 2,6%, no mesmo período. No acumulado em 12 meses, Santa Catarina também foi destaque, com alta de 3%, índice também acima da média nacional (2,3%).
Os números são do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), que representa uma “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB). Em SC, conforme o governo estadual, o desempenho foi motivado pelo ciclo de redução da taxa de juros no Brasil e pela manutenção do consumo das famílias, além do crescimento das exportações.
O índice mostra que, em relação a fevereiro de 2023, a indústria de SC cresceu 6,6%. O setor de equipamentos elétricos subiu 21,3% no mesmo período, enquanto o setor de máquinas e equipamentos avançou 3,7%. O comércio teve a maior variação, com expansão de 11,3%. Os percentuais em todos os setores superam as médias brasileiras.
Além do segmento de equipamentos elétricos, a venda de eletrodomésticos também teve um crescimento de 18,4%, sendo a sexta expansão seguida em comparação ao mês de fevereiro de 2023. A venda de veículos, partes e peças, teve alta de 22,7% no mesmo período, impulsionando a venda de combustíveis e lubrificantes, que cresceu 4,8%.
O comércio de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação cresceu 19,5% em fevereiro, influenciada pela expansão das atividades administrativas e serviços complementares, como locação de mão de obra e serviços de escritório. A alta está ligada ao aquecimento do mercado de trabalho, levando em conta que o estado teve o segundo maior saldo de empregos do país no primeiro trimestre.
O consumo das famílias também contribuiu para o desempenho da economia em SC, impactando no crescimento da indústria alimentícia. A indústria têxtil também foi beneficiada, tendo o foco na fabricação de tecidos de malhas para atender a baixa temperatura com as coleções de outono/inverno.
Além disso, as exportações recorde no primeiro trimestre alavancaram os serviços de transporte e armazenagem, com alta de 9,3%, com destaque para o transporte rodoviário de cargas. Melhores condições de acesso ao crédito e a queda nos preços ainda incentivaram o aumento das vendas de materiais de construção, que cresceram 5% em fevereiro após dois meses seguidos de retração.
No Brasil, o IBC-BR teve a primeira queda em março, de 0,34%, após quatro meses de alta, mas a economia subiu 1,08% no acumulado do primeiro trimestre. Na comparação com março de 2023, o recuo foi de 2,18%, enquanto o acumulado ao longo de 12 meses foi de crescimento de 1,68%.