PRÉVIA DO PIB
Economia catarinense cresceu 5,1% em fevereiro e supera média do Brasil
Recorde de exportações, queda nos juros e consumo das famílias contribuíram no resultado
João Batista [editores@diarinho.com.br]
A atividade econômica catarinense cresceu 5,1% em fevereiro deste ano comparado ao mesmo mês de 2023. O percentual está acima da média brasileira, de 2,6%, no mesmo período. No acumulado em 12 meses, Santa Catarina também foi destaque, com alta de 3%, índice também acima da média nacional (2,3%).
Os números são do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), que representa uma “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB). Em Santa Catarina, conforme o governo estadual, o desempenho da economia foi motivado pelo ciclo de redução da taxa de juros no Brasil e pela manutenção do consumo das famílias, além do crescimento das exportações.
O índice mostra que, em relação a fevereiro de 2023, a indústria catarinense cresceu 6,6%. O setor de equipamentos elétricos cresceu 21,3% no mesmo período, enquanto o segmento de máquinas e equipamentos avançou 3,7%. O comércio teve a maior variação, com expansão de 11,3%. Os percentuais em todos os setores superam as médias brasileiras.
Além do segmento de equipamentos elétricos, a venda de eletrodomésticos também teve um crescimento de 18,4%, sendo a sexta expansão seguida em comparação ao mês de fevereiro de 2023. A venda de veículos, partes e peças, teve alta de 22,7% no mesmo período, impulsionando a venda de combustíveis e lubrificantes, que cresceu 4,8%.
O comércio de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação cresceu 19,5% em fevereiro, influenciada pela expansão das atividades administrativas e serviços complementares, como locação de mão de obra e serviços de escritório. A alta está ligada ao aquecimento do mercado de trabalho, levando em conta que o estado teve o segundo maior saldo de empregos do país no primeiro trimestre.
O consumo das famílias também contribuiu para o desempenho da economia em Santa Catarina, impactando no crescimento da indústria alimentícia. A indústria têxtil também foi beneficiada, tendo o foco na fabricação de tecidos de malhas para atender a baixa temperatura que está por vir com as novas coleções de outono/inverno.
Além disso, as exportações recorde no primeiro trimestre alavancaram os serviços de transporte e armazenagem, com alta de 9,3%, com destaque para o transporte rodoviário de cargas. Melhores condições de acesso ao crédito e a queda nos preços ainda incentivaram o aumento das vendas de materiais de construção, que cresceram 5% em fevereiro após dois meses seguidos de retração.
No Brasil, o IBC-BR teve a primeira queda em março, de 0,34%, após quatro meses de alta, mas a economia subiu 1,08% no acumulado do primeiro trimestre do ano. Na comparação com o mesmo mês de 2023, o recuo foi de 2,18%, enquanto o acumulado ao longo de 12 meses foi de crescimento de 1,68%. Para este ano, a estimativa do mercado é que o PIB suba 2,09%. O Ministério da Fazenda prevê resultado de 2,2%, podendo chegar a 2,5%.
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