Nesta semana, o tema foi criticado pelo prefeito de Penha, Aquiles da Costa (MDB), que também foi presidente da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri).

Em entrevista à rádio Menina FM, o prefeito se dirigiu à secretária de Saúde, Carmen Zanotto, e à gerente regional de saúde de Itajaí, Andressa Granemann dos Santos, e questionou por que a região da Amfri, com mais de 1 milhão de catarinenses e alto índice de mortes pela dengue, ainda não recebeu vacinas contra a doença.

“Não chega aqui na Amfri. O que é? Tem um muro de Berlim? Um milhão de catarinenses que não são enxergados pela política de saúde do estado”, disparou.

Cenário em SC

De acordo com o painel de monitoramento da dengue em Santa Catarina, alimentado pelo governo do estado, são 128 mil casos confirmados e 190 mortes.

Na região da Amfri, são 53.449 casos prováveis e 50 mortes. A cidade com mais vítimas é Itajaí, com 29 mortes, seguida de cinco em Navegantes, Balneário Camboriú e Itapema com quatro mortes cada. Camboriú tem três óbitos. Balneário Piçarras e Porto Belo têm duas mortes; Bombinhas e Penha uma morte cada.

A região tem ainda 19 óbitos em investigação, sendo 14 em Itajaí, e um cada em BC, Itapema, Navegantes, Balneário Piçarras e Penha.

Hospitais de referência

Aquiles criticou a falta de hospitais de referência para tratamento de câncer. “Quantos amigos nossos já foram embora de câncer? Eu vou dar o exemplo de Joinville, que tem três referências de oncologia. Aqui [na Amfri], a gente só tem uma: é o Marieta”, disse, se referindo ao hospital Marieta Konder Bornhausen, de Itajaí.

O prefeito frisou ainda que a região da Amfri não dá conta de zerar as filas de espera de cirurgias. Enquanto isso, a região de Lages, que tem a secretária de Saúde de SC como pré-candidata a prefeita, teria zerado, segundo ele.

“Outra coisa é o mapa da PHC, Política Hospitalar Catarinense, que atingia a meta mínima de 25%. Vocês sabem quanto que tá sendo atingido? 3%. Tem 1 milhão de catarinenses que estão à mercê da própria sorte”, finalizou.

A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina não respondeu à reportagem até o fechamento desta matéria sobre as cobranças do prefeito de Penha.