Balneário Camboriú

Jardim de dona Aurita iniciou quando a praia dos Amores era bairro “alternativo”

Espaço já teve mais de 10 mil plantas e se destacam árvores como cajá manga, flamboyant e cerejeira do Japão

Tudo foi plantado pela moradora que chegou ao bairro em 1994
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O ano era 1994 e pouca gente poderia imaginar que as vizinhas praia Brava, no lado de Itajaí, e a praia dos Amores, do lado de Balneário Camboriú, iriam se transformar em dois dos bairros mais valorizados da região. Dona Aurita Becherer ainda guarda o projeto do loteamento onde comprou o terreno para viver com a família. Ali plantou um jardim que a lembra dos tempos de infância, em Pouso Redondo, no interior de Santa Catarina. A casa nunca chegou a ocupar nem 1/3 do terreno, pois a senhora preferiu privilegiar o verde aos tijolos e o concreto.

Com um dom nato para “curar” plantas doentes e fazer brotar mudas de árvores, ervas ou plantas ornamentais, dona Aurita calcula que já teve mais de 10 mil vasos na casinha simples onde hoje vive com um cachorro. O local já foi apelidado de “floresta” pelos vizinhos. Na entrada uma placa resume: “Spa de plantas”.

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A boa fama logo se espalhou e dona Aurita ficou conhecida como a senhora que recupera qualquer planta no seu “hospital”, onde dispõe de mudas de árvores raras e cultiva flores, muitas já ofertadas à vizinhança.

“Dinheiro nunca ganhei, pois sei cuidar de planta muito bem, mas não sei cobrar,” confidencia.

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Mas se dinheiro fosse questão ela já teria aceitado propostas de construtoras e teria cedido o imóvel de esquina para algum projeto de luxo no bairro onde uma casa ou imponentes sobrados valem alguns milhões.

“Fui vizinha de uma baronesa que tinha uma propriedade aqui no bairro. Ela me ofereceu na época 2 mil euros pelo meu lote. Ela queria comprar para manter essa área verde, mas eu nunca quis vender e ele continua verde,” relembra.

No auge da valorização da construção civil e também da epidemia de dengue, a simpatia de alguns vizinhos à senhora se divide a belicosidade de outros moradores que a denunciam seguidamente à prefeitura. “Vivo aqui sem celular e sempre no quintal. Nunca tive dengue. Acusam meu terreno de criadouro de dengue, mas o bairro inteiro tem água parada e plantas em vários quintais e terrenos baldios. A água empoça a cada chuva porque a prefeitura asfaltou a rua e esqueceu da drenagem dessa ladeira. Mas agora a culpada sou eu,” lamenta dona Aurita, que estendeu um pano negro em sinal de “luto” quando uma vizinha exigiu uma poda agressiva numa rara cerejeira do Japão que tem no jardim. “Aqui as crianças brincam no balanço da minha calçada (feito sob um frondoso Flamboyant) e os passarinhos comem as frutas no quintal. Enquanto eu viver, é para isso que esse lugar existe,” resume a senhora.

Aurita confidenciou que o bisavô alemão vivia na Floresta Negra, e era botânico. Ele veio ao Brasil pela primeira vez interessado pelas florestas brasileiras onde pesquisava plantas que curam. Para a bisneta, esse amor à natureza “está no sangue” e transpassa gerações.




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