Um apartamento de luxo com vista para a praia Central, em Balneário Camboriú, foi alvo de busca e apreensão na manhã de terça-feira. A Polícia Federal investiga um caso de desvios de dinheiro do SUS.
Ordens judiciais da Operação Moto-perpétuo foram cumpridas também em Curitiba (PR) e em São Paulo (SP). A investigação aponta que a grana pública foi usada na compra de imóveis em nome ...
Ordens judiciais da Operação Moto-perpétuo foram cumpridas também em Curitiba (PR) e em São Paulo (SP). A investigação aponta que a grana pública foi usada na compra de imóveis em nome de laranjas e empresas fakes. Além da PF, a operação contou com o apoio da Receita Federal.
Segundo a PF, o apartamento sequestrado em BC está avaliado em mais de R$ 10 milhões. O imóvel está cadastrado em nome de uma empresa laranja, que tem como sócio uma pessoa que recebeu auxílio emergencial durante a pandemia de covid-19.
A investigação buscou identificar o patrimônio oculto e os rendimentos do bando liderado por um casal de empresários da região de Curitiba, ligado ao setor de saúde. O casal já tinha sido alvo da Operação Fidúcia, que investigou o uso de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) para celebrar convênios com a administração pública.
Pelo inquérito, a polícia identificou que os investigados fraudavam licitações e desviam dinheiro do Sistema Único de Saúde em cidades paranaenses.
A operação apontou que, na ocasião, R$ 14 milhões teriam sido desviados. A Controladoria Geral da União aponta que o desvio seria de R$ 70 milhões em todo Paraná.
Os investigados teriam comprado vários bens em nomes de terceiros, tentando ocultar os ganhos ilícitos. Segundo a Polícia Federal, as compras foram registradas em empresas fictícias ou em nome de laranjas com o auxílio de um advogado e de um contador.
Imóveis sequestrados
Além dos 13 mandados de busca e apreensão, a justiça autorizou o sequestro de 10 imóveis avaliados em mais de R$ 20 milhões e a apreensão de carros de luxo.
Também foi autorizada a apreensão de valores acima de R$ 10 mil e a indisponibilidade de cotas sociais de duas empresas, em que o capital totaliza R$ 500 mil.
A PF estipula que a investigação identificou quase R$ 30 milhões em bens. A investigação aponta os crimes de lavagem de capitais, associação criminosa e organização criminosa. As penas podem chegar até 18 anos de prisão.