O prefeito de Barra Velha, Douglas Elias da Costa (PL), reforçou sua equipe de advogados e pediu maior prazo para defesa ao Tribunal de Justiça. Ele agora conta com os advogados André Luiz Nogueira e Júlia Basso Moreira, de Brasília (DF). Douglas está preso desde o dia 24 de janeiro, por causa dos escândalos divulgados pela Operação Travessia, do Ministério Público e do Gaeco.
O reforço demonstra uma nova estratégia de defesa – André e Júlia têm escritório de advocacia no Lago Sul, em Brasília, e são referência em casos envolvendo gestores públicos na capital ...
O reforço demonstra uma nova estratégia de defesa – André e Júlia têm escritório de advocacia no Lago Sul, em Brasília, e são referência em casos envolvendo gestores públicos na capital federal.
Os dois novos advogados do prefeito confirmaram ao DIARINHO que Douglas mantém o advogado Wilson Pereira Júnior, primeiro defensor constituído pelo prefeito barra-velhense, como defensor local.
Wilson iniciou na defesa de Douglas e também do engenheiro Elvis Füchter, ex-secretário de Planejamento preso pela Travessia. “Estamos em conjunto traçando estratégias de defesa para o prefeito a partir da capital federal”, explicou André Luiz.
Uma destas estratégias é o pedido de ampliação de prazo de defesa, assinado no último dia 19 de fevereiro. Eles requisitaram, na ocasião, 15 dias além do prazo concedido pelo TJ.
Os defensores alegam a questão de que o processo tem mais de 100 páginas e é “uma denúncia complexa”. Além de Douglas e Elvis, também estão presos o engenheiro Osni Paulo Testoni, o ex-diretor de Planejamento Osmar Firmo e o ex-secretário de Administração, Mauro da Silva, além de três empresários.
André e Júlia Moreira alegaram que precisam desse tempo maior para análise porque “há complexidade do exame dos autos do processo”, já que a causa envolve oito denunciados e atos supostamente ocorridos entre 2021 e 2023.
Eles citam a “larga produção documental” por parte do MP, distribuída em mais de 1800 páginas do processo principal. Os advogados também alegaram que não tiveram acesso a uma perícia feita no celular do prefeito barra-velhense, aparelho alvo de busca e apreensão já no dia 24 de janeiro, data da prisão.
Proteção de dados
Desde o último dia 21 de fevereiro, o caso corre em sigilo. O desembargador José Everaldo entendeu que seria correto preservar as identidades das partes e ainda por conta de documentos fiscais/financeiros das partes, contidos na denúncia e que possuem proteção da Lei Geral de Proteção de Dados.
Entre as obras alvo de ação de organização criminosa, segundo o TJ, estão a ponte sobre o rio Itajuba, não finalizada, e a sede da unidade de conservação parque natural municipal Caminho do Peabiru.
A suspeita é de fraudes em licitações, desvios de materiais de construção, medições e aditivos fraudados e pagamento de propinas. José Everaldo fixou o bloqueio de bens dos réus em R$ 32,3 milhões somando os oito envolvidos.