Crianças e idosos indígenas das aldeias de Araquari, no norte do estado, estão isolados por conta da chuva forte que castigou a cidade no último final de semana. A cidade está em estado crítico desde sábado por conta de mais de 190 milímetros de água – índice que também atingiu parte de Balneário Barra do Sul.
Mari Escobar, a dirigente indígena Djatchuka Mirim, da Aldeia Tarumã, da localidade Inferninho, próxima da BR 101, informou que a situação é de calamidade nas aldeias Tarumã, Ivaipuru ...
Mari Escobar, a dirigente indígena Djatchuka Mirim, da Aldeia Tarumã, da localidade Inferninho, próxima da BR 101, informou que a situação é de calamidade nas aldeias Tarumã, Ivaipuru e Kaagui Mirim Porã, pois a água invadiu as casas, causando preocupação, principalmente, com as várias crianças da aldeia. Agora, o receio é que as crianças estejam expostas à água contaminada, lama e até mesmo lixo, o que pode causar várias doenças.
Mari frisa que são necessárias doações de roupas, alimentos e, principalmente, água potável. Um polo foi montado em Araquari para receber essas doações, na rua Venceslau Neves, 47. O Espaço da Cidadania, na Univille, em Joinville, também recebe doações. A própria Mari está abrigada neste polo, pois ela e mais um grupo de indígenas não consegue retornar à Tarumã. Nas últimas horas, Araquari enfrentou precipitação de 192,4 milímetros. Esse volume, equivalente a dois meses de chuva, resultou em 28 deslizamentos de terra e diversos pontos de alagamento na região. Ainda não há registro de desalojados ou desabrigados.
O professor Pedro de Alexandre, que leciona nas aldeias da cidade, deixa à disposição seu fone e whatsapp (47) 9712-3035 para doações e informações.
Alerta
Segundo os bombeiros, a água nas ruas já baixou, mas o risco de deslizamentos e enxurradas persiste e ainda chove, de maneira mais fraca. A prefeitura orienta os moradores a saírem de casa apenas em caso de emergência, fornecendo os números de contato para a Defesa Civil (199) e Bombeiros (193). Há ainda o zap (47) 9 8897-5969.
Em Joinville, também houve decreto de emergência, assinado pelo prefeito Adriano Silva, Junto da vice-prefeita Rejane Gambin (ambos do Novo), o prefeito decidiu pelo decreto devido à intensa chuva que assola a maior cidade do Estado. O acumulado já alcançou 215 milímetros na região. A decisão foi tomada na manhã deste domingo durante reunião no gabinete de crise montado na cidade.
Já em Araquari, durante toda a manhã, bombeiros voluntários e militares, Secretaria de Obras, Defesa Civil e voluntariado atendem os chamados de socorro.
O DIARINHO apurou junto à prefeitura de Araquari que o Município está atento à situação das aldeias, mas o único chamado recebido até este início de tarde foi da Tarumã, e que a informação é de que a comunidade indígena e principalmente as crianças estão agora abrigadas na escola indígena, onde a água não invadiu.
A assessoria informou que a Defesa Civil está prestando auxílio e organizando a logística para que as doações cheguem até as tribos.