Violência
Vereador e pré-candidato do MDB é agredido a socos dentro de restaurante
Marcelo Nogaroli foi pego na “covardia” por comerciante
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Um parlamentar de Barra Velha foi agredido a socos, pontapés e até com um copo de vidro na noite de quarta-feira, em um restaurante da cidade. Marcelo Nogaroli (MDB), pré-candidato a prefeito pela legenda, foi atacado pelo comerciante D.R.P., por volta das 22h, na avenida Armando Petrelli, na Praia da Península.
As agressões começaram dentro do restaurante onde Marcelo se reunia com o secretário de Saúde de Barra Velha, Rogério Pinheiro, e com o também vereador Claudionir Arbigaus, (PP) o Pulga, além de Pablo Rodriguez, proprietário do estabelecimento.
D. chegou ao local “alterado”, segundo Marcelo, e já xingando o vereador. Marcelo, filho do ex-prefeito Orlando Nogaroli e vereador por dois mandatos, não revidou, mas foi surpreendido quando o desafeto jogou o copo contra ele e desferiu o primeiro soco na cabeça.
“Ele simplesmente não aceita o fato de eu ser pré-candidato a prefeito”, observou Marcelo. “Mas é direito meu”, completou. D. e o vereador foram levados para fora do estabelecimento, onde o agressor novamente desferiu mais socos e pontapés no emedebista, atingindo várias partes do corpo.
A Polícia Militar foi chamada e o agressor já estava no seu carro, tentando sair do local, quando foi imobilizado. D. não ofereceu resistência, assinou um termo circunstanciado e, segundo Marcelo, já está definida uma audiência sobre a agressão no fórum para o próximo dia 19.
O agressor aparentava sinais de embriaguez, estaria armado e não quis dar sua versão sobre o fato. Nogaroli assegura que não foi sacada nenhuma arma e, apesar das agressões físicas, está bem e lamentou o episódio de violência, atribuindo ao atual período de polarização na política, com muito discurso de ódio. “Eu não poderia revidar, pois sou uma figura pública. Mas dia 19 a gente comparece ao fórum”, disse ao DIARINHO.
Prefeito preso
Barra Velha vive um tempo quente na política desde a quarta-feira da semana passada, quando o prefeito Douglas da Costa (PL) e vários integrantes de primeiro escalão foram presos pela Operação Travessia, do Ministério Público e da Polícia Civil.
O prefeito segue na unidade prisional da Canhanduba, em Itajaí; seu vice, Eduardo Peres (Cidadania) renunciou ao cargo interino e o presidente da Câmara de Vereadores, Daniel Cunha (PSD) assumiu por força da lei. Marcelo integrava a base de apoio de Douglas, mas o quadro agora é indefinido e o MDB então passou a falar na pré-candidatura própria.